•.¸¸.ஐ Herdeira de Afrodite

“Eu te amo”...

Aquelas palavras-borboletas revoavam ao seu redor. Ela era mais felicidade que mulher. Não cabia em si. Aquele sentimento não cabia nela. Transbordava. Naquela avalanche de emoções, assemelhou-se, de repente, a uma pétala caindo.

Delicada...

Juntou as mãos frente aos olhos e viu belos botões, prestes a abrir. A visão perturbou-lhe os outros sentidos. Uma inquietação lhe nascera no íntimo. Que metáfora era ela? Não houve tempo para resposta. A mesma voz invadiu-lhe os ouvidos.

“Eu te amo”...

Quando a nova onda de borboletas-palavras lhe pousou, sentiu-se constituída de pétalas, muitas, firmes e irmanadas umas às outras. E todas rubras. Todas matizadas pelo brilho dos alados vocábulos que borboleteavam nela. Era ela mesma a rosa. Feita de canto de Musa... Sua Musa.

Mas seria isso o quê? Nenhuma palavra parecia encaixar-se, nada parecia definir aquele estado de ser que a constituía luz refulgente e rubra e pétalas. E só então veio surgindo uma sensação límpida, fresca, clara, luminosa, lúcida, cintilante, como a Lua que despontava cheia no horizonte.

Re-nascia flor do reino do soberano dos sentimentos, de amor feita, pelo amor desabrochada.

1 comentários:



Paula Barros disse...

Esse amor em palavras que transborda emoções. Tranborda a beleza da natureza.

Uma forma de escrever sempre intensa, e bonita.

abraço