tag:blogger.com,1999:blog-42430890150214043062024-03-12T20:32:21.287-03:00De Amor e de Letras•.¸¸.ஐJenny Shecterhttp://www.blogger.com/profile/12137845489484883812noreply@blogger.comBlogger51125tag:blogger.com,1999:blog-4243089015021404306.post-48510292978517591462011-03-13T16:45:00.003-03:002011-03-13T16:47:14.691-03:00•.¸¸.ஐ Luz que clareia meus escuros ஐ Capítulo 3<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpCpdemQBoPuIoyA8FU2cfqxWZeo_GsufJTG4ddYZfy7OgieqFXQZNVYYtoqaLKvD7SxYPs1_qbanNKWuwDg01pZIeCzxi7T7mQFPjVZ09bi3fYNa_vKzsiXAiDaZGtWbQaROLiQ4roA/s1600/Luz+que+clareia+os+meus+escuros.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpCpdemQBoPuIoyA8FU2cfqxWZeo_GsufJTG4ddYZfy7OgieqFXQZNVYYtoqaLKvD7SxYPs1_qbanNKWuwDg01pZIeCzxi7T7mQFPjVZ09bi3fYNa_vKzsiXAiDaZGtWbQaROLiQ4roA/s400/Luz+que+clareia+os+meus+escuros.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5583653257973869106" /></a><div style="text-align: justify;">À medida que avançava o número de páginas, me surpreendia com versos, poemas e desenhos belíssimos e a vontade de conhecer Elísia era quase sufocante já. Nem me dei conta das horas. Só depois de muito tempo, quando meu estômago começou a reclamar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Olhei no relógio e me espantei. Passava das dez e meia. A essa hora, eu não sairia para comer nada. Decidi consultar a listinha dos meus lugares de comida rápida preferidos. Tinha um restaurantezinho de comidas orientais super fofo no centro do balneário de Porto de Elara e que entregava em casa, o Bashô Jo. Decidi então por uma porção de sushi, outra de rolinho primavera e um yakisoba.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Enquanto esperava pela entrega, peguei novamente o desenho da mulher na praia, preparei um drink com vodka e me sentei no sofá da sala. Em meu aparelho de som, um CD de Enya. Fiquei feliz ao escutar aquela voz tão íntima minha ecoando pela casa. Achei que Elísia também gostaria de ouvi-la.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">— Elísia...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Parei com o copo na mão e fiquei olhando para o nada. O telefone me tirou de meu devaneio. Era Beta. Queria saber como estava indo com a nova poetisa, o que estava achando. Não disse tudo que já havia pensado. Fui evasiva o suficiente para deixá-la em dúvida. Ela logo desligou dizendo que não queria me atrapalhar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nem mesmo tive tempo de recolocar o telefone na base e chamou novamente. Dessa vez, era Alysha.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">— Boa noite, ma chat!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">— Quer dizer então que fui trocada por uma nova poetisa em pleno sábado à noite? — disse ela enquanto ria.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">— Infelizmente, baby, não se pode ganhar todas! — respondi rindo também.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">— E então, aprovou a garota ou será mais uma dessas condenadas pelo senso crítico de Shayiera Halliwell? — perguntou ela usando um tom de ironia que eu amava.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">— Isso ainda não decidi. Mas acho que posso gostar dessa Elísia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">— Olha! Que progresso! De ‘tal nova poetisa’ agora já passamos à Elísia. Hum... gostei do nome.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">— Acho que combina com ela.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">— Você já a conhecia?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">— Não... Na verdade, não faço idéia de quem seja.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">— Então essa Elísia deve ser boa mesmo. Para já arrancar suposições pessoais suas sem ao menos conhecê-la... Ai, ai! Mas mudando de assunto, que tá fazendo agora?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">— Nada de ‘ai, ai’, senhorita Alysha Sanctis! Bem, agora, estou espalhada em meu sofá esperando a comida japonesa que pedi pelo telefone, com um copo de caip vodka na mão e escutando Enya de calcinha e sutiã.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">— Se a parte do ‘de calcinha e sutiã’ foi dita para me provocar, meus parabéns, você conseguiu! E você sabe que eu não suporto a sua Enya! — disse ela, alterando a voz.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">— Minha?! Nem sabia que era casada com ela! — ri.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">— Engraçadinha! Bem, já que não fui convidada para o jantar, vou desligar e deixar você em paz com a sua Elísia — a entonação que ela deu para o nome da poetisa, meio que debochada meio que com ciúmes, ficou engraçada e só me fez rir ainda mais.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">— Quem sabe amanhã a gente não pode ir à praia?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">— Isso é um convite interessante, minha pantera! — risinhos do outro lado.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">— Você vem pra minha casa então! Pelas oito está bom?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">— Mais que bom, pantera! Vou desligar. Sonhos bem quentes pra você. E prepare-se para amanhã!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">— Nossaaaaaaaaaaaaaa!!! Até parece que eu preciso de alguma preparação. Você sabe que estou sempre pronta, ma chat — e ri enquanto ela não se agüentava do outro lado.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">— Beijos nessa sua boca gostosa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E desligou.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Fiquei me lembrando de algumas de nossas noites em minha casa ou na dela. Eram de fato, ótimas e, sem dúvida, muito quentes. Eu ria quando a campainha tocou. Era o meu jantar japonês. Fui atender à porta do jeito que estava mesmo e nem me preocupei com isso. O entregador que ficou bem desconcertado. Fechei a porta e ri tentando imaginar a cara da Tasha se me visse fazendo aquilo. Senti saudades dela.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Era sempre tão bom quando ela vinha! Mas durante toda essa semana Tasha havia ido a uma viagem com a turma dela da faculdade de gastronomia para os Alpes Suíços e só chegaria à Amphipolis segunda-feira de manhã. Como ela mesma havia dito, “vou dar uma saída para caçar em ares diferentes”. Não tinha dúvidas de que ela teria sucesso e logo que chegasse me mostraria seus troféus. Levei as sacolas para a cozinha.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A diferença de minha irmã para mim é que ela é alguns centímetros mais baixa e tem os cabelos claros, um loiro escuro eu diria. Além do ar angelical que ela carrega nos olhos e que passa muito longe dos meus. Tem um pôster em tamanho natural de nós duas na parede da minha sala. Simplesmente lindas! Adoro ficar olhando para aquele retrato. O sorriso da Tasha me acalma. E ela diz que se sente protegida comigo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Desejei mesmo que estivesse tudo bem com minha irmã e me concentrei em minha refeição. Possuía já grande intimidade com o hashi (‘palitinhos’ japoneses), mas aquela comida fresquinha ali em minha frente exigia pelo menos atenção para saboreá-la com o devido respeito.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Terminei de comer satisfeita. A comida de Hui-Hai é sempre perfeita. De sobremesa, recorri a uma barra de chocolate que tinha no armário. Meio-amargo, meu preferido. Enquanto abria a embalagem, fiz o caminho de volta para a biblioteca. Era como se Elísia estivesse me chamando e eu não pudesse dizer não a ela.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Voltei-me à pasta. As próximas páginas eram quatro gravuras de uma borboleta em pleno vôo e cada estrofe da poesia estava escrita nas asas de cada desenho. Fiquei pelo menos uma hora admirando a composição, os traços, a textura, os versos. Não fosse meia-noite já, teria ligado naquele instante para Beta e pedido a ela uma reunião com Elísia segunda-feira para conversar sobre a edição do livro.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os textos não seguiam todos a um mesmo estilo, muito menos a um mesmo tom. Eram doces, tristes, densos, sensuais (esses últimos, especialmente, mexiam comigo). Mas nem por isso deixavam de dizer de sua autora. Podia muito bem ver Elísia em cada um daqueles poemas. Cada sentimento que quereria expor ali. Sentia que ela se entregava. E, por isso mesmo, encantava. Fiquei imensamente feliz de ter sido tirada de casa em pleno sábado de manhã, ter enfrentado trânsito e desmarcado o programa com Aly.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mais ainda, fiquei radiante de ter encontrado alguém realmente feita de versos. Pensei em Elísia com uma aluna de Sapphō´(Safo) de Lesbos, minha poetisa favorita — e também a primeira feminista de que se tem notícia. Lembro-me perfeitamente do meu encanto ao ler o primeiro poema de Sapphō´. Amor à primeira vista. E não poderia deixar de ser! Desde então, soube que dedicaria meus dias à literatura e, em especial, à poesia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">— Você devia ser a preferida dela, cherie... Não tenho dúvida! — falei enquanto fechava o livro.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Retirei da pasta outro desenho. Uma delicada mão segurando uma rosa, como se estivesse oferecendo-a. Desejei aquela rosa, aquela mão delicada.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Recostei-me na cadeira e deixei a mente viajar... Fechei os olhos e ouvi o mar bem do lado de fora da minha janela. Entre minha casa e as ondas, havia apenas a areia branca e grossa daquele meu paraíso particular. Escutava as canções das ondas e senti um desejo enorme de ir até a praia. Saí pela porta dos fundos da biblioteca que dava direto em minha varanda. Dali, era só descer três degraus e pôr os pés na areia. Ah! Minha tão amada liberdade! Abri os braços, joguei a cabeça para trás e sorri!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A noite! Minha adorada noite... Sentindo-me absolutamente confortável, corri em direção ao mar e mergulhei. Um mergulho demorado, como se precisasse me fundir ao mar. Devagar, voltei à superfície. A lua, ainda crescente, iluminava a praia com a ajuda das estrelas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ao olhar para a areia, tive uma sensação estranha. Era como se alguém estivesse me observando. Arrepiei-me de imediato. Prestei mais atenção aos sons que vinham da terra. Sim, havia alguém ali, mas que não queria ser descoberto. E, pelo ritmo do coração, não me faria nenhum mal. Relaxei. Dei mais um mergulho e decidi que estava na hora de voltar para casa. Fui saindo do mar devagar e sem demonstrar que sabia da presença de quem quer que fosse ali por perto.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Entrei em casa renovada após o banho de mar. A madrugada era meu horário preferido para ir à praia. Aliás, a madrugada é meu horário preferido para trabalhar, escrever, ler e fazer praticamente tudo que gosto. A Tasha dizia que eu trocava a noite pelo dia. E ela estava certa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tranquei a porta da biblioteca e subi direto para o meu quarto. Queria a minha banheira, os meus óleos e sais e não ter hora para sair dali. Fiquei imaginando quem estaria me observando à noite. Será que já estivera ali antes e eu não percebi?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Fiquei submersa em minha banheira até silenciar meus sentidos. Não queria pensar em nenhuma hipótese. Tudo que me vinha à mente eram as poesias e os desenhos de Elísia. Precisava respirar. Só então emergi. Saí do banho e vesti um baby doll bem fresquinho. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Deitei em minha cama e pela primeira vez, em muitos dias, fechei os olhos em paz e pude dormir.</div>•.¸¸.ஐJenny Shecterhttp://www.blogger.com/profile/12137845489484883812noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4243089015021404306.post-79272819939786319102010-12-24T13:20:00.002-02:002010-12-24T13:23:55.107-02:00•.¸¸.ஐ Previsão do tempo para 1967Mas o ano bem que poderia ser 2011, 2012, 2013...<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik3qUEQ41LyiQ5_B1cswv2PwkvlPKKOwUuP3ggZC2N8dyq8GTUfOqJT2o4T_MLtqS1qMBMceQeIyIwSjngaYShC3L49GTkgojNArgwyqU5Xx4Y3Pq2nJ6C5uMLupELg3PIACZuaXljJA/s1600/gato-natal.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik3qUEQ41LyiQ5_B1cswv2PwkvlPKKOwUuP3ggZC2N8dyq8GTUfOqJT2o4T_MLtqS1qMBMceQeIyIwSjngaYShC3L49GTkgojNArgwyqU5Xx4Y3Pq2nJ6C5uMLupELg3PIACZuaXljJA/s400/gato-natal.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5554269408880251682" /></a> "Bom se o ajudarmos <br />a ser bom. Céu claro <br />se nossos pensamentos forem claros. <br />A luz começa <br />na boa vontade da alma - e dos olhos. <br />Somos responsáveis <br />pelo bom tempo: <br />compreensão simpatia impulso de ajudar <br />tornam belas as manhãs <br />e embalam as noites <br />em casa e no mundo". <br /><br />(Previsão do tempo para 1967 - Carlos Drummond de Andrade)<br /><br /><br />¨`*•.¸¸.ஐ.¸.•*•.¸¸..¸.•*•.¸¸.ஐ.¸¸.•*¨<br /><br />Porque certos valores e atitudes são atemporais. Boas Festas!•.¸¸.ஐJenny Shecterhttp://www.blogger.com/profile/12137845489484883812noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-4243089015021404306.post-16057761204569429352010-12-23T21:43:00.002-02:002010-12-23T21:47:21.841-02:00•.¸¸.ஐ Dedos silentes<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS9nrUxlXix6OwH7f0nE-XnYmV62CM0O94_sFA-iw3JPw6kuVnRAZNfrM5UEk36um-h75XM7z1VWUp2gsAFVdlJhDUTsxnX2EIEkBWpO4pwihFmk8axLabnBChcogRVxL8SA9Zd2Y-2g/s1600/dedos+silentes.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS9nrUxlXix6OwH7f0nE-XnYmV62CM0O94_sFA-iw3JPw6kuVnRAZNfrM5UEk36um-h75XM7z1VWUp2gsAFVdlJhDUTsxnX2EIEkBWpO4pwihFmk8axLabnBChcogRVxL8SA9Zd2Y-2g/s400/dedos+silentes.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5554028265987256786" /></a><div style="text-align: justify;">Toque suave. Enfim experienciava a metáfora há muito conhecida: dedos de nuvem. Num roçar contínuo, sonhava que os caminhos traçados naquelas mãos seriam os seus. Sentiu-lhe as unhas curtas e bem cuidadas, apreciou a ternura macia e o entrelaço dos dedos. Desejou que entrelaçassem também os destinos naquela carícia. Carecia-lhe ser aquele anel, adornando-lhe o dedo...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não lhe importava o mundo do lado de fora do carro em movimento, sequer a velocidade imprudente na qual viajavam. Importava-lhe as ondas que aquelas mãos produziam em seu corpo, ainda que não estivessem sobre ele. Era noite, era maresia, era pulsar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Na curva daquelas palmas, ansiava por entregar-lhe o mar. Tomou-lhe uma das mãos. Umedeceu-lhe os dedos com os lábios, sorvendo o deles o sal, o gosto. Da noite que ela portava, desejava a tempestade a se instalar em seu íntimo, em seu quarto.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E de repente aqueles dedos marulhavam por suas coxas. E o espaço em que se tinham parecia estreito. Era maré cheia. Sentiu as vagas do prazer lambendo-lhe inteira quando, feito espuma, a mão direita dela deslizou-lhe pela beira de sua praia, ancoradouro de quimeras.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O imperativo dos sentires fez com que mudassem de curso, pois em seus mapas, os oceanos poderiam mudar de lugar. Os cursos de seus rios encontraram-se no toque dos lábios, corriam enfim para a mesma foz.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As mãos exploravam os relevos úmidos de maresia. Desaguavam os quereres em gemidos cúmplices, misturando os líquidos. Sentiu dela o desejo se esgueirando por seus dedos. Convidou-a a velejar sem bússola pelo mar bravio de seu baixo ventre. Ao tatear firme, segredou-lhe a formação de suas ardentias. Abriu-lhe as ondas onde a outra mergulhou num mar de carícias. E, qual marinheira destemida, deixou-a percorrer suas rotas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sorriu ao descobrir que era ela a lua a controlar as marés vertentes de sua emoção-fêmea. Em si, formou-se um único desejo-pérola: amanhecer todos os dias na espuma daquela onda quente que jorrava dela.</div>•.¸¸.ஐJenny Shecterhttp://www.blogger.com/profile/12137845489484883812noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4243089015021404306.post-72422104725354573402010-12-18T03:20:00.003-02:002010-12-18T03:24:15.336-02:00•.¸¸.ஐ Herdeira de Afrodite<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgguNWejzg06H1d_afb9TqoHU-j1wFsilqGKCuzPv1bXC77bxpdpq4QRd6YmmBwtmCAylB5ocG3lMjZkjoeDhjwCVy__3gOhNbvA_PDhb10BRDE_amp3ejivEESTJb25D_k2jT3U5r2iw/s1600/mulher+apaixonada.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 306px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgguNWejzg06H1d_afb9TqoHU-j1wFsilqGKCuzPv1bXC77bxpdpq4QRd6YmmBwtmCAylB5ocG3lMjZkjoeDhjwCVy__3gOhNbvA_PDhb10BRDE_amp3ejivEESTJb25D_k2jT3U5r2iw/s400/mulher+apaixonada.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5551888346690687730" /></a><div style="text-align: justify;">“Eu te amo”...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Aquelas palavras-borboletas revoavam ao seu redor. Ela era mais felicidade que mulher. Não cabia em si. Aquele sentimento não cabia nela. Transbordava. Naquela avalanche de emoções, assemelhou-se, de repente, a uma pétala caindo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Delicada...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Juntou as mãos frente aos olhos e viu belos botões, prestes a abrir. A visão perturbou-lhe os outros sentidos. Uma inquietação lhe nascera no íntimo. Que metáfora era ela? Não houve tempo para resposta. A mesma voz invadiu-lhe os ouvidos. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Eu te amo”...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quando a nova onda de borboletas-palavras lhe pousou, sentiu-se constituída de pétalas, muitas, firmes e irmanadas umas às outras. E todas rubras. Todas matizadas pelo brilho dos alados vocábulos que borboleteavam nela. Era ela mesma a rosa. Feita de canto de Musa... Sua Musa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas seria isso o quê? Nenhuma palavra parecia encaixar-se, nada parecia definir aquele estado de ser que a constituía luz refulgente e rubra e pétalas. E só então veio surgindo uma sensação límpida, fresca, clara, luminosa, lúcida, cintilante, como a Lua que despontava cheia no horizonte. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Re-nascia flor do reino do soberano dos sentimentos, de amor feita, pelo amor desabrochada.</div>•.¸¸.ஐJenny Shecterhttp://www.blogger.com/profile/12137845489484883812noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4243089015021404306.post-88783897705124669012010-12-16T23:00:00.004-02:002010-12-16T23:12:06.757-02:00•.¸¸.ஐ Luz que clareia meus escuros ஐ Capítulo 2<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2cqkPHgyuNqAeOtxzHJs-5rZgBuiDfoQ6h5tXLSsF16SevOOWgpDby2_AdW5HyR2BX9mZg_AeaF2GxtVyKKm0KS2gszwJLkM1tHthZ1oDtcvZQyUsRWNuCM-YiFPj-SWDceSoOqIXnA/s1600/Luz+que+clareia+os+meus+escuros.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2cqkPHgyuNqAeOtxzHJs-5rZgBuiDfoQ6h5tXLSsF16SevOOWgpDby2_AdW5HyR2BX9mZg_AeaF2GxtVyKKm0KS2gszwJLkM1tHthZ1oDtcvZQyUsRWNuCM-YiFPj-SWDceSoOqIXnA/s400/Luz+que+clareia+os+meus+escuros.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5551450747468234002" /></a><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">“<span class="Apple-style-span" >Seu amor, sua vida</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Era dia...</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Era sol...</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Era céu...</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Era dia de sol raiando no céu.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Era tarde...</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Era chuva...</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Era vento...</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Era tarde de chuva de vento.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Era noite...</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Era lua...</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Era mar...</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Era noite de lua no mar.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Era menina...</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Era mulher...</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Era paixão...</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Era menina-mulher apaixonada.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Era anjo...</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Era amor...</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Era vida...</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" >Era seu anjo, seu amor, sua vida.</span>” </span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A volta para casa foi mais tranquila. Isso significava menos trânsito. A companhia da voz de Alanis também foi ótima.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Antes de ler qualquer coisa, precisava de um banho. Deixei a pasta com o material da poetisa em minha aconchegante biblioteca, meu lugar preferido. Subi rápido as escadas e não me demorei muito. Sem ninguém em casa, desci de calcinha e sutiã mesmo. Passei na geladeira, peguei uma maçã e fui para a biblioteca.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Abri minha caixa de e-mails rapidamente. Nada que me despertasse atenção. Respondi alguns recados que achei que devia e um me deixou chateada. Desmanchar o programa de sábado à noite. A baladinha com a Alysha teria que esperar. Uma pena! Iria sentir falta dela em minha cama e, principalmente, nas minhas pernas de madrugada.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- Só espero que essa nova poetisa valha realmente à pena! Me tirar uma noite de música, dança, beijo e sexo é só para pessoas realmente muito importantes! – falei comigo mesma.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Desliguei o computador, sentei-me confortavelmente em minha cadeira.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- Muito bem, gracinha, mostre-me seus encantos!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Peguei a pasta, abri com cuidado e já me surpreendi pelo desenho que estava por cima.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- Huuuuummmmmmmmm!!! Quem terá sido a bela modelo?! – curiosíssima.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em minhas mãos, um desenho feito a lápis de uma bela mulher nua, deitada numa praia. Pena que não se via o rosto dela.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- Menos mal! Assim, não vou precisar estampar esse desenho no jornal solicitando a presença dessa mulher! – deixei o desenho sobre a mesa rindo com meus pensamentos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Encontrei uma encadernação com uma pré-capa desenhada também à mão. Um belo pergaminho, uma pena e o nome do livro “Versos Meus”. Admirei a caligrafia. Estilo clássico. Comecei a criar certa expectativa pela tal poetisa. Passei os dedos pelas letras e sorri. Senti uma vibração muito boa daquele projeto de livro que tinha em mãos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mais embaixo da capa, escrevia-se o nome dela. A mesma caligrafia encantadora. E o nome mais ainda: Elísia de Bourbon. Fiquei alguns minutos pensando nesse nome e imaginando a dona. Ele bem que combinava com o desenho da mulher, mas por algum motivo, soube que aquele desenho não era de Elísia. Menos de meia hora com aquela pasta em mãos, e a poetisa já tinha um nome em minha mente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Fiquei satisfeita com a imagem formada por minha imaginação. Tomei o cuidado, porém, de não imaginar nenhum rosto. Sobre quem seria Elísia, preferi deixar para descobrir nos subtextos ou nas entrelinhas dos poemas dela.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Virei a capa. No local da dedicatória um espaço em branco. Fiquei intrigada, mas achei melhor passar logo aos poemas. Afinal, minha equipe havia pedido urgência na avaliação daquela obra.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A folha que seria uma espécie de folha de rosto me chamou atenção pela frase escolhida. “Há momentos em que é preciso pôr em palavras tudo aquilo que mantemos dentro de nós”. Concordei de imediato! Pretensiosamente, achei até que havia sido escrito para mim.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tornei-me editora de livros por paixão e vício. O sonho de meu pai era que fizesse Medicina, como ele e minha mãe. Minha mãe, a princípio não se mostrou muito feliz com minha decisão de estudar sobre aquilo que mais gostava: literatura. Quando, porém, passei a me destacar como crítica literária e editora, ela ficou orgulhosa e terminou por me confessar estar muito feliz com minha profissão.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Numa dessas conversas gostosas entre mãe e filha, raras entre nós duas, ela acabou me contando que foi apaixonada por um poeta antes de conhecer meu pai. Ela não disse quem e eu não perguntei, porque, provavelmente, eu conheceria. Tentei imaginar o que ela diria se soubesse que fui seduzida para o mundo da literatura, ainda adolescente, por uma poetisa grega.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Preferi não dizer nada sobre isso e apenas comentei sobre um novo livro que acabava de passar por minhas mãos. Uma seleção de poesias gregas belíssimas e a maioria quase desconhecidas. Ela ficou interessada e prometi mandar um exemplar, havia poucos dias estava nas livrarias e despertando interesse de leitores.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas uma coisa que nem minha mãe nem outras pessoas sabiam era que eu também escrevia. Ou, que eu tentava escrever. E escrevo mesmo por necessidade. Preciso escrever ou me sufoco. As narrativas não dariam conta de meus momentos catárticos, por isso a predileção pela poesia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Deixei minhas lembranças com minha mãe de lado e concentrei-me no material em minhas mãos, tentando controlar a ansiedade que havia se instalado em mim.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Passei ao primeiro poema irrequieta e gostei da fonte escolhida para digitação. Era um tipo de caligrafia cursiva.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Anonimato</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >As mãos estão sobrecarregadas</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Papéis, papéis e mais papéis</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Sedentos de versos, estrofes, arte...</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >A pena movimenta-se quase sozinha</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Mecanicamente desenhando letras</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Que tomam forma, ganham vida,</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Mexem com a imaginação alheia</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >A tua face de leitor oculto me fascina</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Tua crítica me deixa ansiosa</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Preciso saber teu veredicto</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Os olhos fixos, perturbados,</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >A adrenalina a mil</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Quase tendo um orgasmo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Manifesta-te, fala, grita, geme</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Anuncia-te, quero uma palavra tua</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Minhas mãos tremem,</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Meu coração palpita</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >E minha alma, viciada em palavras,</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Sede aos encantos do teu anonimato</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Tens plenos poderes para decidir</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Se irás ou não ler o próximo poema</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >O simples virar de páginas</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Mexe com o meu metabolismo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >A cada verso que irás ler ou não,</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Estará um pouco de minhas almas,</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >De minhas faces ocultas</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Que, talvez, irás descobrir.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >A partir de agora, a decisão é tua!</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- Você me pegou mesmo de jeito, <i>ma chérie</i>! Não desgrudo desse livro até descobri-la por completo – tive necessidade de dizer isso em voz alta, como se ela pudesse ouvir.</div>•.¸¸.ஐJenny Shecterhttp://www.blogger.com/profile/12137845489484883812noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4243089015021404306.post-33914742526051911482010-12-15T00:53:00.003-02:002010-12-15T00:59:08.174-02:00•.¸¸.ஐ Dadivosa<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNtTPgGSItS3l9x37lPzd-VuhL01IIhThQQjqZ3BZ43tfOZ5hBe7S2gE5jZ3LCEvai86DHfUewOWqVVEGlKo1gJuETjR2k1OJ9s_JC6WJKSjeu7NCYDZoSwkQqcsdcelc4ZcLiVkujzA/s1600/Lilith.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 346px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNtTPgGSItS3l9x37lPzd-VuhL01IIhThQQjqZ3BZ43tfOZ5hBe7S2gE5jZ3LCEvai86DHfUewOWqVVEGlKo1gJuETjR2k1OJ9s_JC6WJKSjeu7NCYDZoSwkQqcsdcelc4ZcLiVkujzA/s400/Lilith.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5550737037603866674" /></a><div style="text-align: justify;">Veio de madrugada molhar os pés na primeira onda. Abriu os braços devagar e se entregou à Dama Celeste. Com duas conchas nas mãos, vestida de orvalho, ela era a oferenda naquela noite mística de Lua vermelha. Lilith foi caminhando compassadamente, segura para dentro d’água, sendo bebida pelo mar, que navegava manso pelos seios dela.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Poder-se-ia mesmo afirmar que fora de seus olhos garçons que um pintor retirara a luz com que pintara a Lua. De seus delicados dedos, uma alada canção ascendia, enquanto o mar lhe lambia as pernas. Era luz, era ruiva, era água. Lilith: cor de amor, cheiro de Lua e batizada com néctar de vida. Síntese da beleza noturna. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O sentimento que tinha pela Senhora do Céu era tanto e tão intenso que mergulhou no reflexo acetinado da amada. As cores foram ficando distantes no brilho dos olhos dela. Entregue à própria sede ensandecida, foi se fazendo luz no fluir e refluir das águas. Líquida constituição e desintegração de si acompanhada pelo som próprio da vida em sinfonia com a alma lunar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quando toda em luz transformada, parte de tudo e nada, brilhou de dentro do mar e ascendeu. E o mistério das luzes vermelhas irrompeu aos céus. Misteriosamente belas e dançantes, deram forma a imagens-miragens mágicas e encantadoras por revelarem o quão o perto é longe e o quão o longe é perto da unicidade.</div>•.¸¸.ஐJenny Shecterhttp://www.blogger.com/profile/12137845489484883812noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4243089015021404306.post-63696443067229857632010-12-09T02:06:00.004-02:002010-12-09T02:33:39.112-02:00•.¸¸.ஐ Uma carta para Sofia<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgar7jql4CXkC_ade4GidFthkDTRdQwuPZOGPQTGASKFTtZJ4NMcpYOFuDeQ8Im0-Wm51-zE66rKixRphBWujt2Dt_wNQk-oiABgwMBYXjSGY7h0AzSzIB7NNwxqlMCkMwrxJsLgmSqA/s1600/gr%25C3%25A1vida.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 290px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgar7jql4CXkC_ade4GidFthkDTRdQwuPZOGPQTGASKFTtZJ4NMcpYOFuDeQ8Im0-Wm51-zE66rKixRphBWujt2Dt_wNQk-oiABgwMBYXjSGY7h0AzSzIB7NNwxqlMCkMwrxJsLgmSqA/s400/gr%25C3%25A1vida.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5548529495877508562" /></a><div style="text-align: justify;">Quero lhe escrever uma carta, Sofia. Embora ainda não a possa ler. Embora ainda você nem tenha nascido. O que importa é que ela seja sua, como serão suas as bonecas e as bolas de futebol, como é toda sua esta pequena (futura) família. Quero dizer-lhe com estes poucos 23 anos, que quando tiver os seus 23, as coisas não serão aquilo que você sonhará quando o sol se puser e os seus olhos se fecharem.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">À medida que for crescendo, filha, os anos vão lhe dar as respostas às perguntas que fizer a si mesma quando os seus olhos estiverem abertos. E quando vir lágrimas nos olhos dos mais velhos e sorrisos nos seus lábios, ainda não será capaz de distinguir as lágrimas de felicidade e os sorrisos de tristeza, mesmo que chore quando não levá-la ao cinema, e sorria quando lhe tirar a sopa da frente. Porque você ainda não sabe que, para seu bem, deveria fazer precisamente o contrário.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas o que lhe quero dizer, com toda a inocência a alguém que ainda está por vir, é que ao longo dos seus anos, vai cometer, minha pequena, muitas vezes o mesmo erro: com frequência, afastará de você a felicidade pensando ser feliz; e entregar-se-á às lágrimas depois. O que interessa é que entenda que tudo isso é consequência do seu crescimento, ao qual não adianta fugir, nem buscar caminhos mais fáceis. Importa que chore, até que um dia as lágrimas lhe saiam a mel. É bem melhor que o riso que acaba em soluços.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não tenha medo de chorar, minha linda, nem vergonha, porque isso lhe trará depois serenidade. Trate apenas de lutar, mesmo que o mundo esteja contra você. Lembre-se de que você é uma guerreira em seu caminho. E o que importa é que o Amor estará sempre ao seu lado, como lhe ensinaremos sua outra mãe e eu.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Escrevo estas linhas, Sofia, para que saiba, quando eu não mais puder lhe sorrir, que eu também já fui como você.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Beijos de quem mais a ama:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mamãe.</div>•.¸¸.ஐJenny Shecterhttp://www.blogger.com/profile/12137845489484883812noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-4243089015021404306.post-62633082184300692082010-12-07T18:01:00.005-02:002010-12-07T18:20:10.439-02:00•.¸¸.ஐ Luz que clareia meus escuros ஐ Capítulo 1<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0L8BzVV4yHuRLQfcd-vwPhNYy7gsyB4i6kcuAM3a82zn_ESEZ7iBJvYr5fFifibqlUy7151dT0vmGQvJKKr76QF65Xq2Wt2GaS1t43x9DdwetKweAKQWpy99_gQgx4Sf8Agp8IfRJEg/s1600/Luz_que_clareia_meus_escuros.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5548035736874274018" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0L8BzVV4yHuRLQfcd-vwPhNYy7gsyB4i6kcuAM3a82zn_ESEZ7iBJvYr5fFifibqlUy7151dT0vmGQvJKKr76QF65Xq2Wt2GaS1t43x9DdwetKweAKQWpy99_gQgx4Sf8Agp8IfRJEg/s400/Luz_que_clareia_meus_escuros.jpg" border="0" /></a> "<span style="font-family:times new roman;"><strong>Faltas </strong><br /><br />Os relâmpagos cortavam o céu<br />Os trovões faziam tudo tremer<br />As gotas de chuva caíam<br />O vento uivava<br />E as árvores pareciam tocar seus galhos ao chão<br />De repente, tudo ficou calmo<br />Já era noite e o céu estrelado<br />Saudava a lua maravilhosamente cheia<br />Despontando detrás das montanhas azuis...<br />Era para ser perfeitos,<br />Mas faltava você.<br /><br />O mar em rebentação rebelava-se nas pedras<br />Cavava buracos na areia<br />Cuspia algas, conchas, lixo e náufragos<br />Pedaços de embarcações e redes de pesca<br />Da praia podia-se observas as ardentias.<br />De repente, tudo ficou calmo<br />O sol desabrochava num céu anil<br />Acompanhando os pássaros em revoada...<br />Era para ser maravilhoso,<br />Mas faltava você.<br /><br />O vento transparente cortava as campinas<br />A verde relva estava colorida<br />Por flores de todo tipo<br />Atraindo borboletas multicoloridas,<br />E pássaros de plumas esvoaçantes<br />De repente, tudo ficou quieto<br />O céu escureceu, o mar se rebelou<br />E até mesmo o tempo, implacável, parou...<br />Era para ser eterno,<br />Mas faltava você!”</span><br /><br /><br />Depois de uma noite de sonhos agitados, o corpo parece ainda mais cansado que quando deitou. Abri os olhos com preguiça e achando um crime aquela escuridão confortadora da noite ter de ir embora. Definitivamente, o dia sufoca as paredes da inconsciência. Sinto esse sufoco a cada sol que nasce. Esperar pela manhã deixou, há muito, de fazer sentido. Só quero a noite em meu colo como uma gata que esconde duas luas de insônia com o fechar dos olhos cansados.<br /><br />Parabenizei-me por conseguir pensar isso tudo logo após abrir os olhos. Geralmente, demoro um pouco mais para acordar. Mais precisamente, o tempo que fico embaixo do chuveiro frio.<br /><br />Parei em minha escrivaninha, na seção de CDs e escolhi um para levar ao banheiro. Nele se lia seleção, saiu da capa e foi direto tocar no som. Fiquei feliz em escutar a voz de Notis Sfakianakis ecoando em meu banheiro. Não poderia começar melhor o dia!<br /><br />Entrei debaixo do chuveiro e fiquei ali tentando adivinhar qual seria a próxima música. Enquanto as faixas tocavam, eu tinha a certeza de que era o CD perfeito para se dar de presente ao grande amor da sua vida.<br /><br />Parei. Que história é essa de grande amor da sua vida? Fechei o chuveiro, meio assustada.<br /><br />Nunca havia pensado nisso antes... Na verdade, nunca havia acreditado. Tive muitos relacionamentos, alguns muito bons. Mas amar... Não. E isso não me incomodava. Pelo menos não até esse momento.<br /><br />Saí do box, desliguei o som e voltei para minha cama ainda desfeita. Fiquei intrigada com aquele meu pensamento tão surreal a mim. O que estava acontecendo?<br /><br />Não que não fosse bom, mas a ideia de querer alguém dentro de minha casa 24 horas, todos os dias da semana, todos os meses do ano, assustava-me. O conforto de morar sozinha por escolha própria era um refúgio difícil de querer abrir mão.<br /><br />Eu havia deixado o conforto da casa de minha mãe num bairro residencial de Amphipolis, uma das mais belas e grandes cidades gregas da atualidade e onde nasci, assim que me formei na Academia. Desde que passava os fins de semana em Porto de Elara quando criança e adolescente, sonhava em ter uma casa por lá.<br /><br />Quando me formei em Letras na Academia Ateniense, minha mãe me entregou as chaves de minha casa e o cartão de uma conta bancária. Presente de meu pai, falecido desde que eu tinha dez anos, que ela fez questão de honrar e nunca revelar nada sobre. Mas, ultimamente, estava sentindo aquela casa, a minha casa, vazia.<br /><br />Olhei para o teto e as estrelas que havia pintado lá. Duas gotas teimosas lacrimejaram pelo meu rosto. Antes que pudesse começar outro pensamento, meu telefone tocou. Era da editora onde trabalhava.<br /><br />— Alô?<br /><br />— Bom dia. A senhorita Shayiera Halliwell, por favor.<br /><br />— É ela. O que foi?<br /><br />— O senhor Edgar pediu para ligar e avisar que marcou uma reunião extraordinária hoje, às 11 horas, no escritório dele.<br /><br />— O quê? Ele enlouqueceu? — alterei o tom.<br /><br />— Desculpe, eu só estou dando o recado — disse uma voz apaziguadora e um pouco assustada.<br /><br />— Não... Eu quem peço desculpas... Você é nova aí? — aquela voz não me era familiar, mas aprovei.<br /><br />— Ah, sim. Estou cobrindo as férias da outra secretária. Meu nome é Fernanda.<br /><br />— Ok. Diga ao nosso chefinho que eu estarei aí.<br /><br />Arrumei o quarto de qualquer jeito e abri meu <em>closet</em>. Não queria pensar em roupa. Peguei minha calça jeans mais confortável e combinei com minha camiseta branca preferida. Óculos de sol, chave do carro, chaves da casa, bolsa completa, sem maquiagem — não suporto!<br /><br />Desci as escadas e fui para a cozinha. Comi um pouco da salada de frutas que tinha na geladeira. Combinou com o calor da estação. Saí com pressa.<br /><br />Um engarrafamento depois e cheguei à sede da editora. Estavam me esperando para começar a reunião. Olhei apenas de relance para a sala da secretária nova, mas o suficiente para admirar a beleza que tinha. Sorri e não me censurei por isso.<br /><br />— Bom dia! — cumprimentei a todos não muito simpática.<br /><br />— Muito bom dia, Shay — disse Edgar, o presidente da editora, ao me ver. Ele ainda não perdera as esperanças comigo.<br /><br />— Onde é o incêndio? Temos um candidato ao Nobel de Literatura para convocar essa reunião em pleno sábado de manhã? — disse enquanto me sentava.<br /><br />Todos na sala riram. Além de Edgar e eu, estavam presentes Roberta, a chefe de edição, e Carlos, o vice-presidente da empresa. A tal Fernanda, nova secretária, chegou uns instantes depois, para o meu divertimento.<br /><br />— Espero dar o candidato ao Nobel da próxima vez, senhorita diretora executiva e de criação. Por enquanto, terá que se contentar com uma nova poetisa — respondeu Carlos.<br /><br />Todos perceberam a minha reação de surpresa.<br /><br />— Você está brincando? — perguntei sem querer acreditar.<br /><br />— Não, Shay. O Carlos está falando sério — disse a Beta.<br /><br />— Eu espero que exista um motivo bastante bom para eu ter sido tirada de casa em pleno sábado de manhã por causa de uma nova poetisa! — respondi exaltada e me recostei na cadeira.<br /><br />— Mas é justamente por isso que chamamos você aqui, Shay! Pensamos que essa nova poetisa é um excelente motivo para fazer você sair de casa em pleno sábado. Queremos fazer um grande lançamento da obra dela. Mas a sua opinião será decisiva. Se você me disser que sim, eu mando o pessoal começar a trabalhar no projeto do livro dela amanhã, mas se disser que não, aí publicaremos, mas de forma mais discreta — falou Beta, fazendo-me ficar interessada no assunto.<br /><br />— Hum... Deixem-me ver então o que essa nova poetisa tem que deixou a minha equipe de chefia tão encantada logo com o primeiro trabalho — e estendi as mãos para Beta já sorridente.<br /><br />Ela me deu uma pasta preta um tanto pesada e disse que eu poderia levar para ler em casa, mas que me dedicasse mais que nunca.<br /><br />— Sim, minha chefinha de edição, tudo o que a senhora mandar! — falei em tom de brincadeira, fazendo todos rirem novamente.<br /><br />— Ah! Além de escrever, ela desenha também. Acho que você vai se surpreender! — tentou me empolgar o Carlos.<br /><br />— Mas quanta propaganda! Tudo bem, seja feita a vontade de vocês! Estou indo para minha casa neste exato momento, vou me trancar no meu quarto e só saio de lá quando terminar de ler o material. Está bem assim?<br /><br />— Esse livro não poderia estar em melhores mãos que nas suas, Shay. Confio totalmente em você para esse trabalho — sorriu a Beta pra mim.<br /><br />— Uau! Isso é que é rasgar elogios! — riu Edgar.<br /><br />— Gente, calma, eu sei que eu sou linda, gostosa e competente! E eu dou conta de vocês dois, então, não se afobem! — dei uma piscadinha para cada um, fazendo a Beta chorar de rir e o Edgar ficar com uma expressão de quem está imaginando coisas.<br /><br />A tal nova secretária não tirava os olhos de mim. Ela pensava que eu não havia notado, mas... Sim, eu notei! Gostei mais ainda do interesse que vi nos olhos dela. Como diria a minha irmã mais nova, Natasha, “ela é da causa”. Segurei o riso ao me lembrar de Tasha.<br /><br />Guardei a pasta em minha bolsa e me levantei da mesa.<br /><br />— Estou liberada?<br /><br />— Só se aceitar almoçar conosco! — respondeu Edgar.<br /><br />— Vai depender do cardápio, <em>mon cher</em>...<br /><br />— Peixe. Algo bem leve para suportar esse calor. O que me diz? — quis saber ele todo cheio de esperanças.<br /><br />Mas peixe era algo que eu jamais recusaria.<br /><br />— Por mim está ótimo! Vamos ao almoço então.<br /><br />Esperei que Edgar, Beta e Carlos saíssem da sala só para brincar um pouquinho com o desejo da secretária. Uma coisa que eu adorava fazer.<br /><br />— Fernanda...<br /><br />Ela me olhou quase assustada ao ouvir seu nome.<br /><br />— Quero pedir desculpas mais uma vez por hoje de manhã, ao telefone. Você não me conhece ainda. Não acordo com o melhor do meu humor — sorri simpática e interessada no devido tom.<br /><br />Ela pareceu ter ficado sem voz, apenas me olhando. Eu já havia passado por essa situação inúmeras vezes. E a Tashinha sempre me dizia que a culpa era minha. “Quem mandou nascer essa mulher deslumbrante? É de tirar qualquer um do sério!”, dizia ela enquanto pulava em cima de mim e me enchia de beijos ao narrar minha altura privilegiada, cabelos pretos e olhos azuis. As visitas dela sempre terminavam em festival de pipoca, sorvete e guerra de travesseiros!<br /><br />— Ah, imagina, senhorita Shayiera, não precisa pedir desculpas — foi tudo que Fernanda conseguiu dizer.<br /><br />Não sei bem o motivo, mas gostei dela, talvez fossem as pernas.<br /><br />— Pode me chamar de Shay, como meus amigos, mas agora vamos almoçar. Meu café da manhã foi uma salada de frutas basiquinha e eu estou com fome! — disse estendendo o braço.<br /><br />Ela acompanhou cada movimento meu com os olhos e sorriu. Apenas fez que sim com a cabeça e saiu comigo da sala de reuniões.<br /><br />O almoço transcorreu muito bem. Divertido na medida certa e muito saboroso. Mas decidi não esticar com eles para a cervejinha — que, aliás, eu não suporto. Fui para casa decidida a saber o porquê daquele sucesso todo da tal poetisa com a minha equipe de trabalho.</div>•.¸¸.ஐJenny Shecterhttp://www.blogger.com/profile/12137845489484883812noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4243089015021404306.post-64445332970727019512010-12-06T00:28:00.005-02:002010-12-06T18:06:00.324-02:00•.¸¸.ஐ Aladas<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghpyV2FA3QNKwwTu5puxpnO3G1IgzH3rNZZZmsB9z9O6-CH39C72xxKVmu7zJqJCtjcVsAOZI9QvpjQatOrqvk9ia-omlM7fCymvsoy2M8UpYqOQI1N4WfUYvZ-5XWLHARY-RZbfuEnw/s1600/mulher_borboleta.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 299px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghpyV2FA3QNKwwTu5puxpnO3G1IgzH3rNZZZmsB9z9O6-CH39C72xxKVmu7zJqJCtjcVsAOZI9QvpjQatOrqvk9ia-omlM7fCymvsoy2M8UpYqOQI1N4WfUYvZ-5XWLHARY-RZbfuEnw/s400/mulher_borboleta.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5547391263893702770" /></a> Tens na pele as cores das flores que voam<br />teu aroma são asas<br />tens letras nas esquinas das pernas<br />onde desejo escrever um poema.<br /> <br />Tens nos lábios o coração<br />num dia quente<br />despertas nos meus a sede.<br />Leio um chamado em teus olhos,<br />não resisto a eles.<br />E anseio pousar em teus seios, na rosa<br />nos lábios para sentir teu pulsar.<br /> <br />Repousas num canto das estrelas<br />num canteiro de flores duradouras<br />onde te espero e te desejo...<br />Dar-te-ia rosas em ninhos de borboletas!<br /> <br />Queria aninhar-me em tua cabeleira;<br />Voar junto da tua imaginação.<br />Em ti carregas a paixão<br />levemente como as pétalas que perfumam<br />e deixas ao ar as letras para que eu te escreva<br />a ternura quase impossível<br />de quem carrega os sonhos dentro dum beijo<br /><br />¨`*•.¸¸.ஐ.¸.•*•.¸¸..¸.•*•.¸¸.ஐ.¸¸.•*¨<br /><br />Um poema de asas e sentires... Para ela!•.¸¸.ஐJenny Shecterhttp://www.blogger.com/profile/12137845489484883812noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4243089015021404306.post-76712656934888107912010-12-05T23:15:00.006-02:002010-12-06T00:43:20.768-02:00•.¸¸.ஐ Borboleteares<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj62Mq5-94gQz7hXUgKynqCehQiv1dew98pb9q2lvntiZs5skxPSBWx9sqbJPRpM4ByS-Xm2SXHGaXYICZQT2_dQWEsSrZcblREoGduq6zi4C18Rxo65CKu58pIm8DKJxcROjkLPo_GJw/s1600/2019935_l.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj62Mq5-94gQz7hXUgKynqCehQiv1dew98pb9q2lvntiZs5skxPSBWx9sqbJPRpM4ByS-Xm2SXHGaXYICZQT2_dQWEsSrZcblREoGduq6zi4C18Rxo65CKu58pIm8DKJxcROjkLPo_GJw/s400/2019935_l.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5547394328163579362" /></a><div style="text-align: justify;">Abro os poros às margens férteis do tempo novo. Não há sombras neste jardim onde acordam entoações de primavera – ainda que não seja essa a estação do lado de fora de mim. Procuro-me no fundo de manhãs a cores, reinvento-me na matriz das borboletas. Desprendo os anseios na vertigem da bruma, sou pedaços de vento desenhando voos ao redor de sua flor.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Borboleteio em sua janela, percorro as ondas de seus desejos e me perco a decifrar sensações no relevo de seus lençóis, onde os mapas paralelos se entrecruzam em regatos íntimos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E quando as flores morrerem em madrugadas de poesia, almejo renascer sempre depois do prazer pleno, gozando a liberdade de ser borboleta, quando tudo posso, tudo quero, preciso e aceito.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E então meu voo será sem amanhã, e a vida não estará contida nos meus olhos e peito, mas borboleteará descompromissada em sua alma, desesperadamente infinita como o azul do firmamento.</div>•.¸¸.ஐJenny Shecterhttp://www.blogger.com/profile/12137845489484883812noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4243089015021404306.post-60340196847867900402010-12-04T00:29:00.009-02:002010-12-06T00:44:33.209-02:00•.¸¸.ஐ Luz que clareia meus escuros ஐ Prólogo<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBq62p30ll6VLx3R99XWa96ZeYk3xbI51sT0sybr_NHRML3qqA-oGkfImWBeTs7RukctQxG1aUVIl54-bhYvb3yzLcRamEV_fGGgGlWzII7uEX64QXNPJQYaLRp7wWRUWrylhNaLXWEA/s1600/Luz+que+clareia+os+meus+escuros.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBq62p30ll6VLx3R99XWa96ZeYk3xbI51sT0sybr_NHRML3qqA-oGkfImWBeTs7RukctQxG1aUVIl54-bhYvb3yzLcRamEV_fGGgGlWzII7uEX64QXNPJQYaLRp7wWRUWrylhNaLXWEA/s400/Luz+que+clareia+os+meus+escuros.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5547394642808621074" /></a><div style="text-align: justify;">Caminhando sem destino, guiada por uma Lua branca em noite escura, pensava na madrugada daquela quinta-feira. O prazer era tanto que chegava a doer... Mas não uma dor física. Doer dentro, como se fosse à alma. Mais um delírio que uma dor. Uma morte e uma ressurreição. O êxtase e o relaxamento absolutos, unidos de forma incoerentemente simultâneas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Provavelmente, as poucas pessoas que passavam por mim não entenderiam meu sorriso sem endereço ou aparente motivo. Mas eu ainda podia sentir cada centímetro do corpo dela e aquele perfume de mulher que me enlouquecia. Jamais me esqueceria do jeito dela me olhar. Não sei explicar ao certo... Ela me enfeitiça como se tivesse a Lua presa nos olhos. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tentei lembrar os versos que desenhamos em minha cama aquela madrugada... Não consegui. Lembrei-me das carícias, dos toques, dos gemidos. Voltei para casa e fui entrando. Ao contrário do que faço sempre, não olhei para trás. Apenas fechei meus olhos e ouvi o que o mar tinha a me dizer. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Fui direto ao banheiro de minha suíte, no andar de cima. Não estava muito preocupada com o tempo. Aquele momento seria meu. Fiquei ali, na banheira, brincando com a espuma. Ternas são as noites! </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Saí do banho disposta e renovada. Penteei os cabelos de qualquer jeito. A noite estava quente, abafada. Tirei meu notebook da escrivaninha, joguei a toalha molhada em cima da cama e deitei sobre ela. Alguns versos desajeitados apareciam na tela. Apaguei-os. Tentei algumas frases, mas não ficou bom. Deixei de lado e saí para a varanda. Não me importou que estivesse nua... Queria mesmo ser beijada pela maresia salpicando o ar das espumas de que se moldou Afrodite. Inesperados, os impulsos do desejo afloraram. A pele apenas metáfora em palavra liquefeita. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Na noite dos tempos, para o mundo, cessa o sonho, procura-se o infinito.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><h3 class="smller" style="text-align: center; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 84px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; color: rgb(0, 0, 0); font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16px; font-weight: bold; "><br /></h3><h3 class="smller" style="text-align: center; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 84px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; color: rgb(0, 0, 0); font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16px; font-weight: bold; "><br /></h3><h3 class="smller" style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 84px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; color: rgb(0, 0, 0); font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16px; font-weight: bold; ">¨`*•.¸¸.ஐ.¸.•*•.¸¸..¸.•*•.¸¸.ஐ.¸¸.•*¨</h3><div style="font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; "><br /></div><div style="font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; ">A partir de hoje, publicarei semanalmente o meu primeiro romance, <i><b>Luz que clareia meus escuros</b></i>. Este texto é livremente inspirado na história de Xena, Warrior Princess.</div><div style="font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; "><br /></div><div style="font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; ">Beijos e borboleteios</div><div><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 12px;">•.¸¸.ஐ</span></span></div></div>•.¸¸.ஐJenny Shecterhttp://www.blogger.com/profile/12137845489484883812noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4243089015021404306.post-73102606370593792292010-12-01T00:34:00.003-02:002010-12-01T00:43:26.370-02:00•.¸¸.ஐ Colheita<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjWFVDFKxCNHILic90bTg0uaXerCAjFM6cIEKxJZSgbkpSMHBEZn8lN83rg7xaOO-PEj51A5y16Ck8QrzL99U8FhXvKB5gmExKEvikJGVNV0gu2Yj93pLAexK85BvDk705vXqGZedDRQ/s1600/Colheita.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 209px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjWFVDFKxCNHILic90bTg0uaXerCAjFM6cIEKxJZSgbkpSMHBEZn8lN83rg7xaOO-PEj51A5y16Ck8QrzL99U8FhXvKB5gmExKEvikJGVNV0gu2Yj93pLAexK85BvDk705vXqGZedDRQ/s320/Colheita.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5545537057642264690" /></a><div style="text-align: justify;">Era uma tarde sem nexo de uma terça-feira besta. Ônibus parados, internet lenta e aquele calor modorrento fazendo com que todas as cidades do mundo sejam um pouco irmãs de Macondo. Até mesmo o sorriso fazia força para nascer em rostos enrugados, poros buscando sombras de pele.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Foi então que me veio o livro, o perfume, o olhar. Vestida de boneca, a brisa se aproximando a cada passo, era como se o lume dos olhos dela pudesse refrescar meu sentir. E podia. Grãos de vento, de sombra, de água. Gotas de letras, de amor, dela. Deliciosamente dela. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Versos como gotas de delicadezas pinçadas da grande narrativa da vida ou pérolas prontas a florearem um romance. Quem sabe o nosso? Em cada poema, ela constrói uma imagem com palavras. De onde elas vieram? Por certo que as viu antes de escrevê-las... E as letras dela me levam pela mão, pelos vãos, pelas entrelinhas, reticências, silêncios.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E tudo deságua nela. E tudo venta dela. E tudo emana com uma força-delicadeza que me enternece, feito um toque de dedos de nuvem. E as marcas vão surgindo, sutis, se eternizando, vêm voando e fazendo ninho em meu coração.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ah, ela que diz ser do barro do medo e do desejo; ela que é revirada pelas mãos do destino e o sopro do vento; ela que borboleteia diante de meus olhos fascinados, servis; ela ainda provoca, atenta e diz ser mais dela quando minha. Minha? E eu me resumo no querer fazê-la chover.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Espero-a em sobressalto, com todas as chamas do desejo acesas, tremente ao vento quente do virar de páginas. Espero que ela se volte para o meu deslumbramento feito de amor e de letras derramadas nestas linhas e me imobilize sobre seu corpo em movimento.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ao fim da colheita, a sensação de que presenteia-me com um sopro bálsamo para um dia que seria qualquer e um pedaço da alma, desesperadamente infinita como o azul do céu.</div>•.¸¸.ஐJenny Shecterhttp://www.blogger.com/profile/12137845489484883812noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4243089015021404306.post-69276773602437795912010-11-13T10:40:00.004-02:002010-11-13T10:50:14.099-02:00•.¸¸.ஐ Sensuelle<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-_nlHJIST-J2tynZNKANCaRY1yeSwjZNEU9DixvcG_PIHMBvpOqNLPpCeAUVpASxXwlUtJ1J2H7LYWD-rhx1JmOWW_uoZ3y8tjlyhYfxFxROddwj8SSjxDA5pJgJ3hnhcOwo0Kxr8YA/s1600/borboleta.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 252px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-_nlHJIST-J2tynZNKANCaRY1yeSwjZNEU9DixvcG_PIHMBvpOqNLPpCeAUVpASxXwlUtJ1J2H7LYWD-rhx1JmOWW_uoZ3y8tjlyhYfxFxROddwj8SSjxDA5pJgJ3hnhcOwo0Kxr8YA/s320/borboleta.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5539014537129546690" /></a><div style="text-align: justify;">As gotas finas que caíam das nuvens já cansadas de tanto chover a acompanhavam pelas ruas. Os cabelos soltos grudavam em seu corpo, tão molhados estavam. O mesmo acontecia com seu vestido. Lilás. Doce. De saia um pouco rodada e renda. Com direito a falsos botões na frente. Digo falsos porque não abriam. E botão que não abre que pode ser senão falso?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Passos médios, sem pressa. Pés descalços, sandálias na mão. Em seu pensamento, tinha a imagem de si diante do espelho. Lembrou-se da sensação desconcertante de que apenas parte dela estava naquele reflexo, como se fosse a pintura de uma meia Lua feita por alguém que nunca vira uma Lua cheia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pelo adiantado da hora, havia pouca gente pelas ruas. Ainda assim, assovios, dizeres e sorrisinhos pelo caminho. Não foram, porém, ouvidos ou percebidos. O silêncio dela era intransponível. Estava já a poucos metros do mar e sentia dele o perfume mais intenso. Amante sedutor. Chegou ao calçadão e levantou os olhos. As nuvens se desmanchavam e luzes distantes eram já vistas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Deu alguns passos, talvez insegura. Era uma noite de segunda-feira. Não havia ninguém por perto de Helena. Olhou para frente e para trás. Medo ela não tinha. Era assim: surgida pela afirmação de sua própria negação. A moça acreditava ser capaz de se defender sozinha em qualquer situação. Não sei se era. Mas não teria que provar nada a ninguém. Não naquela noite. Não nestas linhas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E sendo, caminhava, no mesmo ritmo, compassado, meio que brincando, meio que rebolando. Nada forçado, era natural. Demorou a reparar na criatura que, inusitadamente, acompanhava-lhe o andar. Ao lado de Helena, uma borboleta amarela esvoaçava, disposta a seguir da moça o caminho.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Aquela presença pequena e alada a fez sorrir entre os passos. Era estranho o que a jovem sentia. Uma sensação de aconchego ao lado da borboleta. Como se tivessem sempre esperado por aquele caminho, aquele encontro.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mais alguns passos e Helena não sentiu mais aquele amarelo-vivo ao seu lado. Voltou os olhos para trás e notou um borboletear que tentava lhe chamar a atenção. Assim que a moça tinha os olhos fixos naquele voo circular, o ser alado pôs-se a voar em direção ao mar, indicando à outra que a seguisse. E ela foi.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pisou na areia devagar. Só então notou aquela claridade familiar, que tanto amava. Voltou os olhos ao céu e se deparou com a Lua cheia. A maior que já vira. Podia senti-la tão perto... Mais um pouquinho e tocaria naquela face alva pela qual era apaixonada. Contudo, ao invés de levantar os pés, sentou-se. Ao lado dela, numa pequena elevação na areia, a borboleta descansou as asas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Permaneceram assim, lado a lado. Até que a sensualidade de um esbarrar suave despertou Helena. Aquele tocar de minúsculos pés avançava deixando um rastro de ternura pela pele macia dela. Logo subiu até o joelho, passou às coxas. Alcançou o abdômen, os seios, colo, pescoço. Roçou-lhe os lábios e, com a licença dos cabelos, descansou pousada nas costas, bem no meio. A moça se sentiu inteira abraçada pela borboleta.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Naquele instante, o desejo de serem um único ser foi tão forte que a Lua intercedeu em favor das duas. Os corações bateram num ritmo só. As respirações se igualaram. A moça diminuiu e a borboleta cresceu. Até que houve harmonia. Helena abriu os olhos. Tinham nova cor e novo brilho. Âmbar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em suas costas, onde o pequeno ser pousara, um majestoso par de asas se mostrava imponente. Multicolorido, como o interior da moça – vocês não sabiam, mas ela guardava em si o arco-íris. Levantou-se com uma graciosidade desconhecida e sentiu o vento. Balançou as asas no mesmo ritmo. Não demorou a alcançar o céu.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O pouso de volta à areia foi delicado. Tocou primeiro com a ponta dos pés, feito bailarina alada, e foi baixando, devagar, até estar firme para soltar o peso do corpo. Foi então que, ao olhar para a Lua cheia, viu o reflexo de si mesma. No espelho de Helena, seu reflexo se mostrava nítido, único, como se feito por alguém que nunca conhecera outra Lua senão aquela.</div>•.¸¸.ஐJenny Shecterhttp://www.blogger.com/profile/12137845489484883812noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4243089015021404306.post-91678956169787343462010-10-24T03:03:00.005-02:002010-10-24T03:19:22.593-02:00•.¸¸.ஐ Sapatos Vermelhos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYjxmW4MyjiojnEMPbYHGXw8YFyCXZrF9iIH9D5tJwNuwc0NOb1xlymXT57tb2kqLF4n43k439bohWu5jWk5UPuBbiIlZZaT067Q1DD4QW7elp1YzO3x0vcI4uojurT-UrJngKHt1MxQ/s1600/sapatos+vermelhos.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYjxmW4MyjiojnEMPbYHGXw8YFyCXZrF9iIH9D5tJwNuwc0NOb1xlymXT57tb2kqLF4n43k439bohWu5jWk5UPuBbiIlZZaT067Q1DD4QW7elp1YzO3x0vcI4uojurT-UrJngKHt1MxQ/s320/sapatos+vermelhos.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5531474869556551586" /></a><div style="text-align: justify;">Ela não queria sair de casa naquela tarde. A luz a incomodava, resistia ao Sol daquele horário inventado que lhe roubava o sono, a paciência e o sorriso. Na verdade, resistia ao Sol. Filha da noite, em seus olhos lia-se o anseio pela Lua enquanto esgueirava-se por aquele baile de máscaras e vaidades que o dia a obrigava.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Demorou-se no banho mais pelo prazer da espuma em seu corpo e pela água gelada que por outro sentimento. Abriu a janela ao vento, mas fechou a cortina à luz. Escancarou as portas do guarda-roupa sem a menor vontade de abandonar a umidade da toalha. Tão bom estar ali...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em meados de outubro, sabia, as noites costumavam ser frescas. Tanto quanto sua pele limpa após o banho. Sem paciência para suas calças jeans e camisetas xadrezes, concentrou-se nos vestidos. Sim, ela tinha vestidos nos cabides e adorava usá-los.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pensou na Lua cheia que a encontraria dali poucas horas e escolheu um modelo que lhe caía bem. Mais, que lhe fazia sentir bem e sorrir. Era mais flor – uma linda dama da noite, por certo – que mulher. Sapato de boneca, olhos bem marcados por lápis preto esfumaçado e boca rosada. Quando saiu do quarto, já era noite. Entregou-se sem reservas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Chegando ao teatro, viu que ainda era cedo. Gostava sentar na praça, apreciar os galhos das árvores, as folhagens novas, o céu. A visão daquela Lua cheia, a maior que já vira, arrebatou-lhe a alma de tal forma que chorou. Ela sabia que seu ciclo correspondia ao lunar. Mais, tinha ciência de que cada mulher carregava uma lua própria, dentro de si, mas que a maioria sequer se dava conta disso, dos próprios ciclos. Uma pena...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Voltou para frente do teatro. Logo viu conhecidos na fila, cumprimentou a todos enquanto deixava a brisa envolver-lhe as pernas e sorria. Os minutos foram se contando, ininterruptos, como seus passos, errantes. Até que estancou.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Seus olhos foram atraídos por um par de sapatos vermelhos. Não um vermelho qualquer. Carmim. Se o desejo tivesse cor, seria aquela. Foi subindo pelas pernas abrigadas numa calça jeans da qual gostou. Entreviu uma camisa escura com certo brilho e um sobretudo preto. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por último, descobriu-lhe sorriso. E a inteligência e o bom-humor cotidiano. Como? Trabalhavam juntas. Mesma sala. Conhecia-lhe dois perfumes que amava. E o cabelo todo cachos sempre preso. Mas ali, os caracóis emolduravam-lhe o rosto ornamentado por aqueles óculos de ar engravatado que adorava. Ah, e o perfume... O aroma mais cítrico que conhecera, impregnava-se nela feito uma segunda pele.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Gostava admirar aquelas formas que eram tão semelhantes às suas. Gostava imaginar aquelas formas junto das suas. Tantas tardes embarcava em sonhos com ela... Suspirou de modo que a outra ouviu e a percebeu. Sorriram-se.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Gostava daquele jeito despojado dela, daquela espontaneidade aprendida, treinada, desenvolvida. É que entre outras ocupações, a outra era também atriz. Acabaram por assistir à peça juntas. Ou nem tanto...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sentaram-se lado a lado, primeira fileira. Acomodadas, os braços roçaram-se. Ela sentiu de imediato a respiração alterar e um arrepio percorrer-lhe o corpo. Esperou reação da outra, mas os braços continuaram unidos enquanto os olhos viam o palco. Ou quase.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ela via aquele sapato vermelho de salto elegante que tanto lhe chamara atenção. Via as duas longe dali ou mesmo ali, mas sem mais ninguém envolta. Voltou a olhar os atores, mas de quando em vez desviava para seu lado direito, onde sua atenção e desejo estavam concentrados.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sentiu a outra respirar fundo. Outro arrepio, intenso, percorreu-lhe inteira. Perceptível à sua companhia. E assim queria que fosse. Naquela meia luz, quis aqueles dedos sobre suas pernas, coxas meio deixadas à mostra pelo vestido. Quis aquela boca que lhe segredava comentários mais rente ao seu ouvido, a compartilhar outros quereres.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Dividia-se entre o encanto do que era encenado e o encanto que emanava de tão perto, mais do que todos os dias, mais do que quando se cruzavam ao abrir a porta. Ruborizava e apertava ainda mais os dedos. Queria era os dedos dela entre os seus.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E aqueles sentimentos eram regados dia após dia, renovados a cada cumprimento, sorriso, instante, olhares. Aplaudiram juntas o fim do espetáculo, cada uma reagindo a seu modo a um texto que tanto lhes falava. Ela chorou durante a peça. E fez com que a outra percebesse aquela sensibilidade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nas luzes acesas, logo foram buscadas por outros olhos conhecidos. Afastaram-se. Ela não estava ali a passeio. A outra acompanhava um grupo de amigos, os quais tinha deixado para entrar com ela no teatro. Só para que ela não ficasse sozinha.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Saíram. Conversas bestas do lado de fora, burburinho de gente, de encontros, de beijinhos e despedidas. As duas moravam em cidades vizinhas. E iam cada uma para um lado. Ela reuniu toda a sua meiguice e foi conquistar o abraço que há tanto queria.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Aproveitou para enlaçá-la a cintura e dar um beijo no rosto, ali, pertinho da boca que queria tanto conhecer. Sentiu um carinho em seus cabelos e gostou encontrar aquela ternura no olhar dela. A outra chamou-a de volta a seus braços.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- Fica comigo... Depois eu levo você pra casa, pra cama, pro altar, pra onde você quiser, e não necessariamente nessa ordem.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ela aconchegou a cabeça na curva do pescoço da outra para sorver melhor aquele perfume que lhe perturbava os sentidos e produzia umidade entre as pernas. Sorria. Um sorriso grande, de felicidade intensa de quem ouve palavras mágicas ou estrelas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Encostou o corpo no da outra, firmou o olhar no da outra. Eram da mesma altura. Deliciosamente compatíveis.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- Me leva pra você!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E foram.</div>•.¸¸.ஐJenny Shecterhttp://www.blogger.com/profile/12137845489484883812noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4243089015021404306.post-821563972607000722010-03-29T14:26:00.006-03:002010-12-11T03:17:26.891-02:00•.¸¸.ஐ Amanheci outono<a href="http://images.elfwood.com/art/f/l/flingling/rainbowfairy_3.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 412px; DISPLAY: block; HEIGHT: 567px; CURSOR: hand" border="0" alt="" src="http://images.elfwood.com/art/f/l/flingling/rainbowfairy_3.jpg" /></a><br /><div align="justify">Sou parte delírio e tanta parte de espanto. Porque é o avesso de suave este mundo que me contém, que exubera ocorrências dúbias cujas manifestações se prestam a um aniquilamento gradativo das minhas maiores certezas; chamo o tempo ora cura, ora culpado das sobras a que me reduzo quando investigo-me o íntimo, desajustada. </div><br /><div align="justify">E me deito nas sombras, e me embalo nos ventos, nas luas, plêiades, marés e vazantes. Mulher urdida em fina teia. Sujeito, singular, desejante. Emparedada no cimento da palavra, da linguagem mínima, mímica. Todos os dias são dias de se lembrar e de se esquecer - como é difícil manter o tempo sem memória de mim! As horas são todas filhas das dúvidas e dos medos que as povoam, crescem ligeiras regadas pelas inquietações subterrâneas que me alarmam os sentidos. </div><br /><div align="justify">As pétalas do que tão pouco sei, do que tão pouco sou, do que tampouco... Hoje eu só queria encostar-me a um travesseiro de coisa nenhuma e ali dormir por semanas; perder-me do que é vão e do que é preciso; fechar os olhos ao importante e ao fútil; deixar que morra em mim tudo aquilo que não posso compreender. </div><br /><div align="justify">Se sou verso inacabado, imperfeito, ao que me sabe, verso confessado rasgando o véu da boca, expõe meu grito. Da arte do barro, flor de lamaçal desabrochando lenta. Imperfeita e milenar reconstrução diária, metamorfose alada, ávida, voraz a consumir eterna o que alimenta o ciclo da ilusão. Queria amputar dos meus desejos os seus impossíveis, livrá-los do meu peso, fazer com que se tornassem tão leves que desaparecessem, etéreos, feito sonhos. E acordar talvez vazia, mas sem pressa de viver.<br /></div><div align="justify"></div>•.¸¸.ஐJenny Shecterhttp://www.blogger.com/profile/12137845489484883812noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-4243089015021404306.post-91648238878514763402010-02-24T23:37:00.004-03:002010-02-24T23:58:23.148-03:00O sentimento não pode parar<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHsRqeOEAfDj0yO6OGQ_ZA72cHaxt6btC9JB2f6i8peQP7BYVHYrXOOKzvl3CI-pl2q0ZHnqVbpx4VyFK4fDYMLTFqumR6n_2zyX27tu0MzzZuZ-C21MNiti5ztmvcwDmxXshZRwM62w/s1600-h/n_o_homofobia.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 214px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHsRqeOEAfDj0yO6OGQ_ZA72cHaxt6btC9JB2f6i8peQP7BYVHYrXOOKzvl3CI-pl2q0ZHnqVbpx4VyFK4fDYMLTFqumR6n_2zyX27tu0MzzZuZ-C21MNiti5ztmvcwDmxXshZRwM62w/s320/n_o_homofobia.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5442004803783291890" border="0" /></a> A luz da lua dança nas ondas, lá no mar, as estrelas do firmamento suspiraram em uma galáxia que brilha vagamente. Uma voz através das eras na caça desta profecia. As pedras antigas irão nos contar que o amor deve nos fazer fortes<br /><br />A brisa me abraça enquanto eu permaneço em meu posto de Amazona. Nossas batalhas, elas irão nos encontrar. As escolhas serão nossas e manteremos nossa bandeira orgulhosamente. Minha mente foi chamada através dos anos de ira e de discussões, de toda a miséria humana e todo o desperdício de vida.<br /><br />Nós nos perguntamos onde as divindades estão ao nos depararmos com tanta dor. Eu olho para as estrelas acima para procurá-las novamente. E lá está Arthémis com seu arco a me guiar os passos e as palavras-flechas. Nós viajamos vastos oceanos e quando a liberdade jaze, o céu cai em lágrimas.<br /><br />É para segurarmos nossa bandeira, é para carregarmos o arco-íris adiante. O amor nos fará fortes. E quando o vento carregar nossos gritos e preces pelo globo, e quando a última estrela brilhar vagamente e o sol do novo dia der a luz, nesse momento mágico, pela imensidão da Mãe Terra reinará o amor, e só!</div>•.¸¸.ஐJenny Shecterhttp://www.blogger.com/profile/12137845489484883812noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4243089015021404306.post-61476503188157777202010-02-11T02:04:00.001-02:002010-02-11T02:06:14.668-02:00Por uma boa causa!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirKyglbL7D_t9lZ6UiZq6djAJG9rBrhm_LRAD1sejIompjVNTSPd8Ocbrp6ILmFp5tBZFSkCi4UiFf9CeuCTNTZV30UcbuPr65e107Y1UhByeYki8JTolXyWqeiQKrwDO3uKuhDcPKnw/s1600-h/01-Campanha-Direitos-Iguais.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 230px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirKyglbL7D_t9lZ6UiZq6djAJG9rBrhm_LRAD1sejIompjVNTSPd8Ocbrp6ILmFp5tBZFSkCi4UiFf9CeuCTNTZV30UcbuPr65e107Y1UhByeYki8JTolXyWqeiQKrwDO3uKuhDcPKnw/s320/01-Campanha-Direitos-Iguais.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5436832012895474002" border="0" /></a><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family: arial;">Nem menos, nem mais. Direitos iguais!</span></span><br /></div>•.¸¸.ஐJenny Shecterhttp://www.blogger.com/profile/12137845489484883812noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4243089015021404306.post-18122864188692858462009-12-20T20:24:00.008-02:002009-12-20T20:39:53.588-02:00SÃO CAMPEÃS!<div style="text-align: justify;">Bem leitoras e leitores. Já aviso que escrevo este texto no calor dos acontecimentos. Não, não é assalto ou qualquer tragédia. É emoção. É alegria. É beleza. É gol! Não, estas linhas não estão sendo escritas com atraso. Eu sei muito bem que o campeonato brasileiro de futebol já acabou, embora ainda tenha gente comemorando. Fazer o quê? Parabéns à urubuzada.<br /><br /></div><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1XHnTi0hDzY4zYocPxReIBH0N2KJ2fIqLGHEhBv1w0Q7WwDIFfifiDJbKh0xsSvzWpdxs6xrbwrWkI1L-ZWg0mcbUQTcQJmrsNBJSv4idbSVMSxVhpgmX66TFLQxd0KDzKbPd-vaJpg/s1600-h/Marta_Brasil_20122009_PauloPinto_AE_292x280.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 292px; height: 280px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1XHnTi0hDzY4zYocPxReIBH0N2KJ2fIqLGHEhBv1w0Q7WwDIFfifiDJbKh0xsSvzWpdxs6xrbwrWkI1L-ZWg0mcbUQTcQJmrsNBJSv4idbSVMSxVhpgmX66TFLQxd0KDzKbPd-vaJpg/s320/Marta_Brasil_20122009_PauloPinto_AE_292x280.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5417449084771116530" border="0" /></a>Cristiane (11), Marta (10), Maurine (2) e Renata Costa<br /><br /></div><div style="text-align: justify;">O assunto de que trato aqui é futebol. Mas feminino – sim, mulheres de chuteira dão show! Duvida? Muito fácil! Procure no Youtube por qualquer vídeo de Marta Vieira da Silva. Ou melhor, sua majestade. Não convencido, procure por Cristiane de Souza da Silva. Ou melhor, sua majestade.<br /><br />E se você acha que uma coroa não pode servir a duas rainhas, engana-se. A dupla de estrelas da Seleção Brasileira Feminina de Futebol são amigas e admiradoras do futebol uma da outra. Marta, a velocista, a habilidosa, a que chega, que distribui. Cristiane, a goleadora, a habilidosa, a centroavante nata, que conclui. Mas elas trocam de posição também. O difícil é escrever sobre, só assistindo a uma partida para explicar. Faltam palavras.<br /><br />Não seria justo, porém, credenciar a ‘apenas’ Marta e Cristiane o título conquistado neste domingo antes do Natal, no Torneio Internacional de Futebol Feminino da Cidade de São Paulo. É preciso escalar todas! Andreia (soleira), Aline (ninguém dribla), Renata Costa, Janaína, Rosana, Maurine (a melhor jogadora da final), Francielly, Érika e Estér. Sim, são muitas novatas desde a prata em Beijing no ano passado.<br /><br />Mas o nível do futebol apresentado pelas meninas não caiu. E o melhor é saber que nossa seleção é jovem, média de 22,5 anos. Marta tem 23 anos. Cristiane tem 24. A mais experiente é Andreia, com 32, e em plena forma (nada menos que três super defesas na final do torneio).<br /></div><br /><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcZbrVZhOOZUFSJiA24fNjqavF6uXp6tySgp9vBT30l3MBya1dp94fVzPo-o2u5-W_y_tnMtYWfUaHHR2k6hzkErw36eNj_bt7wK61UKhjlf99LzjpAKJy4xWu9L29Kh1HUWYF-MSXtA/s1600-h/0,,33465684-EX,00.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcZbrVZhOOZUFSJiA24fNjqavF6uXp6tySgp9vBT30l3MBya1dp94fVzPo-o2u5-W_y_tnMtYWfUaHHR2k6hzkErw36eNj_bt7wK61UKhjlf99LzjpAKJy4xWu9L29Kh1HUWYF-MSXtA/s320/0,,33465684-EX,00.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5417449261066537506" border="0" /></a>Sua majestade, Marta<br /><br /></div><div style="text-align: justify;">Ah, sim, quer saber como foi o jogo? Bem, o México – seleção também renovada que segue o estilo de jogo da seleção dos Estados Unidos (as melhores do mundo em títulos conquistados) – começou na frente. Aos 11 minutos da etapa inicial a meio-armadora Dinora, num chute de fora da área, acertou o ângulo. Golaço, admito!<br /><br />Acontece que as Mexicanas enfrentavam aquela que é, por talentos, por bola no pé, por volume de jogo, a melhor seleção do mundo. Escrevo isso com o aval de alguns ‘entendidos’ de futebol – inclusive meu pai. Mas mesmo que não tivesse o aval de ninguém, afirmaria o mesmo.<br /><br />Fato é que aos 22 minutos, Maurine (a bela) cobrou escanteio e Aline mandou, de perna esquerda, para a rede. Empate! Depois, show de Marta, sua majestade. Numa saída de bola confusa da equipe adversária, rebote no meio campo e Marta, saindo da marcação, chutou com categoria na saída da goleira. Gol com assinatura de quem sabe o que faz com a bola nos pés!<br /><br />Na virada de campo, as mexicanas voltaram com tudo. E, mantendo a escrita de outros torneios, quem ataca o Brasil, acaba tomando de goleada (vale a pena ver essas meninas jogando!). O terceiro gol brasileiro veio de uma jogada de Érika. A conclusão foi de Alina Garcia, contra (a bola bateu nela e entrou). A mesma Alina teve participação no quarto gol brasileiro, nascido de (outra) jogada de Marta. A arbitragem, porém, anotou gol para a rainha da bola (merecido!).<br /></div><br /><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-FmFDKtXRJZw1SHZckm_iRCw6Axt2w_EdozANoNu8Cs3sGFasoinoC5xsGMM2V1Ce3lNL75pB2_rGwcbznOR3FUAf8Prc_g_emIYb8i8yytn2vvLUyh0deYeTigHW8YE_Y0SmhuRG9g/s1600-h/20_MVG_ESP_BRASIL_2012.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 250px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-FmFDKtXRJZw1SHZckm_iRCw6Axt2w_EdozANoNu8Cs3sGFasoinoC5xsGMM2V1Ce3lNL75pB2_rGwcbznOR3FUAf8Prc_g_emIYb8i8yytn2vvLUyh0deYeTigHW8YE_Y0SmhuRG9g/s320/20_MVG_ESP_BRASIL_2012.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5417449422960697938" border="0" /></a>As rainhas da bola!<br /><br /></div><div style="text-align: justify;">O México descontou com um chute de Nayeli. Um desvio em Estér tirou a goleira Andreia da bola. E quem achava que o México ainda poderia reagir só precisou esperar quatro minutos. Uma jogada linda de Cristiane, assistência perfeita para Marta. Domínio na perna direita. Chute com a esquerda. Gol! Goleada! 5 X 2 para o Brasil e título. Faltou alguma coisa? Sim, um golzinho de Cristiane. Ela merecia.<br /><br />Ah, não poderia deixar de registrar o espetáculo nas arquibancadas. Pacaembu (SP) lotado para assistir a Seleção Feminina. Torcida empolgada pelo futebol alegre dessas meninas. Aplaudiram de pé, gritaram os nomes delas. E comemoraram muito junto com elas quando o jogo terminou. Empatia instantânea! Eu me emocionei em casa. Lindo de assistir. Parabéns também a toda a comissão técnica e os cumprimentos ao treinador Kleiton Lima.<br /><br />E a torcida ainda não terminou. Amanhã tem eleição dos melhores da Fifa de 2010, em Zuriquena Suíça. Marta e Cristiane estarão lá junto a Inka Grings, Birgit Prinz (alemãs) e Kelly Smith (inglesa). Fato é que as brasileiras são favoritíssimas. E outro fato é que qualquer das duas que receberem a coroa, quer dizer, o prêmio, estará muito bem entregue. E eu não tenho dúvidas que as outras serão mais três a aplaudir a vencedora brasileira – qualquer resultado diferente deverá ser contestado!<br /><br /></div><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6w-9utKPYhcjxYp4ul2OK3of5uEbrk_xZbPZ2PtVAWo84MgqdkpqdUBXF4WuprQRUGPOW2LLT329GrecVXwl-qWKgK3VGTgFJLLSEdsrCOYGo8-oYJZxhsc2R2wMYDq4qVjdyZnczKQ/s1600-h/0futfem_507504320.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6w-9utKPYhcjxYp4ul2OK3of5uEbrk_xZbPZ2PtVAWo84MgqdkpqdUBXF4WuprQRUGPOW2LLT329GrecVXwl-qWKgK3VGTgFJLLSEdsrCOYGo8-oYJZxhsc2R2wMYDq4qVjdyZnczKQ/s320/0futfem_507504320.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5417450306341189938" border="0" /></a>A melhor seleção de futebol feminino do mundo (sem medo de errar!)<br /></div>•.¸¸.ஐJenny Shecterhttp://www.blogger.com/profile/12137845489484883812noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-4243089015021404306.post-34999839005539984662009-08-31T19:22:00.004-03:002009-08-31T19:43:22.042-03:00•.¸¸.ஐ Minha despedida<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4Uj9y35LZecQ1UedexirdktCqCPN_0_avvILT0lvgm0HtoQwoz8N-ThKOWcpqmG7-I9RbHLzxFfXBbU7fzWFE9KREOJEXWVvYxIc0-Vzkb4HsRxnzRYd3R8o62ZW2QmRTFotjkvoT9w/s1600-h/sad+girl.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 258px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4Uj9y35LZecQ1UedexirdktCqCPN_0_avvILT0lvgm0HtoQwoz8N-ThKOWcpqmG7-I9RbHLzxFfXBbU7fzWFE9KREOJEXWVvYxIc0-Vzkb4HsRxnzRYd3R8o62ZW2QmRTFotjkvoT9w/s320/sad+girl.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5376261231019088722" /></a><div style="text-align: justify;">Estou cansada de estar sozinha. Estou cansada de coisas divididas em certo e errado. Estou cansada de religião. Estou cansada de mim. Se eu não fosse tão covarde, jogaria tudo para o alto e sairia viajando pelo mundo até encontrar aquele lugar que eu sonho em chamar de lar. Eu sei que o lar é onde o coração está e que ele pode ser uma pessoa. E eu confesso que pensei ter encontrado meu lar, mas eu sinto que o perdi.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E aonde está o meu coração agora? Eu sinceramente não sei. Eu queria poder respirar e me sinto sufocada. Eu queria parar de doer. Eu queria um abraço e alguém pra me cuidar e dizer que vai ficar tudo bem nos dias que eu vejo tudo cinza. Mas não tem ninguém. Eu queria não ser tão responsável e faltar ao trabalho só para ir ver o mar. Eu queria viver. Não pela metade, não incompleta, não com sorrisos que não têm sentido pra mim. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Cansei de ter a solidão como melhor amiga e de ser triste em essência. Sei que já disfarcei melhor. Sei também que a verdade talvez seja o meu princípio falho. Mas o que eu conheço da verdade? Eu já vivi realmente? Eu tenho muito mais perguntas em mim do que respostas. Sempre fui assim, só mudaram as interrogações. Poucas pessoas me olham nos olhos. Não fico chateada com isso. Por vezes, eu mesma não me sustento olhar. Tenho interrogações demais e transbordo, sempre.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por que viver me dói tanto? Eu já pensei em morrer. Já desejei isso ardentemente. Até que me convenci de que um caixão e um túmulo não me resolveriam os conflitos. E eu não acredito que tenha só esta vida, sei que já vive e voltei. Sei que voltarei novamente. Mas preciso crescer agora. Ainda que esse mundo me doa. Ainda que a doutrina pregada me fira no íntimo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Eu sinto falta de um mundo que não existe. Sinto falta do meu eu que não mais existe. Sinto falta de carinho, de abraço e sossego. Sinto falta de ser entendida, de um chão debaixo dos meus pés e de um rumo diante dos meus olhos. Eu sinto falta de amor, do meu jardim, das roseiras da minha avó e do pé de cajá.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Eu estou cansada de fazer tudo mecanicamente. Acordar, estudar, trabalhar, comer, dormir. Estou cansada de apenas existir em dias sem sentido. Estou cansada de vazio, de distâncias, de não-presenças ao meu lado. Estou cansada de não pertencer ao meu tempo. Estou cansada.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Estou cansada dos tribunais diários, de ser um peso na vida de algumas pessoas. Não digo que eu estou certa e tudo no mundo está errado. Até porque, nada é uma coisa só, pelo menos pra mim. Mas eu ainda queria certa dose de coragem, certa dose de alegria. E ainda queira viver num mundo diferente. O meu consolo nisso tudo é o amor. E eu sou filha do amor, não de deus, nem do diabo. E o amor é livre. E até hoje eu nunca disse um 'eu te amo' que não fosse verdadeiro, disso não me podem culpar, ainda que crucifiquem o meu amor.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas agora, eu estou cansada. Cansada e sozinha.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Obrigada a tod@s pelo carinho com que sempre me leram. Mas agora eu preciso partir daqui por uns tempos... Não se volto cedo ou se não volto mais...</div><div style="text-align: justify;">Beijos e borboleteios</div>•.¸¸.ஐJenny Shecterhttp://www.blogger.com/profile/12137845489484883812noreply@blogger.com30tag:blogger.com,1999:blog-4243089015021404306.post-73343161082633622512009-08-22T12:59:00.002-03:002009-08-22T13:02:27.789-03:00•.¸¸.ஐ Porto solidão<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvGjlTxSFX5WOgRh4lZHN9SfMyuT_T406JvcdCLO4XkvLvwLu3zpw5mEBWoF-l63pWNdGOW7r-2iv_ioWYG5wfZCxajkePhTJ3dBzmcHL2H_B13lL5DSG2ozINWxZqaWlN-hPkxe9xJA/s1600-h/Present_by_KaterinaBelkina.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvGjlTxSFX5WOgRh4lZHN9SfMyuT_T406JvcdCLO4XkvLvwLu3zpw5mEBWoF-l63pWNdGOW7r-2iv_ioWYG5wfZCxajkePhTJ3dBzmcHL2H_B13lL5DSG2ozINWxZqaWlN-hPkxe9xJA/s320/Present_by_KaterinaBelkina.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5372819076890062082" /></a>Os pés tocam o mar<br />Mas o pensamento, ah...<br />O pensamento navega pelo oceano.<br /><br />A maresia anuvia a razão<br />É quando o coração fala<br />E a alma vagueia<br />Onde está o porto onde ela ancorava?<br /><br />Os dedos dos pés seguram a areia<br />As asas da alma, a esperança do encontro<br />Vejo outros barcos passarem<br />Vejo outros portos chegarem<br />Mas nenhum me parece seguro.<br /><br />A luz de um foral distante<br />Lembra-me de seus olhos<br />E ainda que me doa a saudade<br />Eu continuo seguindo...•.¸¸.ஐJenny Shecterhttp://www.blogger.com/profile/12137845489484883812noreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-4243089015021404306.post-62301550783749164122009-08-14T00:49:00.004-03:002009-08-14T01:00:03.661-03:00•.¸¸.ஐ Carta de lágrimas<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcF78aLMvWYGUgD-Gn3owJGDYE5ZevJVUVCENHviam9RoXQXF_nodVjXnTMdadwT7pzpXHUGPrAKA7Im7GxqX4NIfdH7FVH9X5S3HiQqIe6qMEE9bHOuHMTFLZEv8ILxVl_qbi6KqgcQ/s1600-h/sad_girl__by_error_.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 237px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcF78aLMvWYGUgD-Gn3owJGDYE5ZevJVUVCENHviam9RoXQXF_nodVjXnTMdadwT7pzpXHUGPrAKA7Im7GxqX4NIfdH7FVH9X5S3HiQqIe6qMEE9bHOuHMTFLZEv8ILxVl_qbi6KqgcQ/s320/sad_girl__by_error_.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5369664091143955538" /></a><div style="text-align: justify;">Eu já não sei respirar quando estou longe de você. Juro que me falta o ar, a paixão bateu. Você é aquela mulher escondida nos versos de tantos poemas. Deste lado do rio eu posso ver tudo o que é seu. Delicadeza e mistério que nem você percebeu. Quero chamar sua atenção com as rimas das minhas estrofes.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Leio o seu nome nas águas do amor que correm a deslizar. Se eu não consigo dizer eu só posso escrever cartas com o olhar. Se eu arrisco a dizer, agora que estou longe de você, é porque deste lado do rio cada coisa é mais difícil se minhas mãos escorrem distantes de você.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Eu olho para o outro lado, onde você está, e minhas lágrimas escrevem o seu nome sobre a água do rio e suplicam para que o seu coração acolha o meu. Pra mim, você é não uma primavera, nem uma noite, é a minha vida e todas as estações. E eu fecho e abro os olhos e busco o seu sorriso para seguir.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Eu amo você.</div>•.¸¸.ஐJenny Shecterhttp://www.blogger.com/profile/12137845489484883812noreply@blogger.com21tag:blogger.com,1999:blog-4243089015021404306.post-2647414968012385362009-08-11T00:12:00.004-03:002009-08-11T16:16:02.883-03:00•.¸¸.ஐ Dentro*<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwlxIdrKBTDlbhh7hQrUN_Mf7_L4B4ooCy1sBVrwpY5dJmPds4rmzooAPfUpMIB8JEhkFhaAQat2ionMckDGMDncsFhB6Xmh-xGWrdPBUntJLBQidOwO3THu0epD3Iu8bkry2fr4LTOw/s1600-h/dentro1.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5368539502837920322" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 201px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwlxIdrKBTDlbhh7hQrUN_Mf7_L4B4ooCy1sBVrwpY5dJmPds4rmzooAPfUpMIB8JEhkFhaAQat2ionMckDGMDncsFhB6Xmh-xGWrdPBUntJLBQidOwO3THu0epD3Iu8bkry2fr4LTOw/s320/dentro1.gif" border="0" /></a> <div style="TEXT-ALIGN: justify">Sentou no chão do quarto e bateu a porta, como se aquele escândalo pudesse aliviar a dor que sentia. Fisicamente não estava machucada, era a alma que doía. Lancinante. Recolheu-se abraçada às pernas, cabeça baixa, olhos secos. O eco do ‘eu te amo’ recém-pronunciado só feria ainda mais. Ela não queria aquela frase e não podia dizer que também amava. Amava? Não sei, não sabia.</div><div style="TEXT-ALIGN: justify"><br /></div><div style="TEXT-ALIGN: justify">Foi só quando se sentiu morada do silêncio e nada mais ouvia, nem o passado, é que duas gotas lacrimejaram compridas pelo rosto, pelo chão. Escolhera magoar a si mesma por medo de ferir quem a amava quase incondicionalmente, mesmo que ela não se sentisse digna daquele amor. As gotas transformaram-se soluços e ela se sacudia como se pudesse se inventar de novo. Poderia? Não sei, não sabia.</div><div style="TEXT-ALIGN: justify"><br /></div><div style="TEXT-ALIGN: justify">No auge do choro, vieram as notas da música que ouvira no dia anterior. “<i>Me escondi Pra não ter que ver você dizer Coisas que eu não merecia ouvir Era você ou eu</i>”. Era a música dela, feita pra ela. Deixou as pernas se esticarem e largou os braços ao redor do corpo. Sentia-se incapaz, perdida.</div><div style="TEXT-ALIGN: justify"><br /></div><div style="TEXT-ALIGN: justify">“<i>Escolhi O pior lugar pra me esconder Me tranquei por dentro de você E não sei mais sair</i>”. No íntimo, vinha nascendo, há tempos, uma certeza que se cristalizava. As lágrimas rareavam e ela fez força para levantar. De pé, para aonde seguir? Não sei, não sabia.</div><div style="TEXT-ALIGN: justify"><br /></div><div style="TEXT-ALIGN: justify">“<i>Pela rua penso em ti Volto em casa, penso em ti No trabalho sem querer Quando vejo tô pensando em você E surgi de onde eu não imaginei E aprendi que eu nunca sei Enganar meu coração</i>”. A verdade com a qual ela não sabia lidar era que amava uma pessoa. Não, não era paixão. Não, não era um gostar intenso. E foi preciso se afastar pra ver o que outros já viam, já sabiam, menos ela (?).</div><div style="TEXT-ALIGN: justify"><br /></div><div style="TEXT-ALIGN: justify">Sim, ela amava uma pessoa. Fato aceito, não sabia o que fazer com tão grande sentimento. Não tinha um jarro, um pote, uma <i>nécessaire</i> onde pudesse guardar aquele amor. Mas amor não se guarda, ela sabia. Mas estava casada com alguém que a amava quase incondicionalmente, a quem ela jurara amar eternamente, a quem não podia, ou, não queria, de forma alguma machucar.</div><div style="TEXT-ALIGN: justify"><br /></div><div style="TEXT-ALIGN: justify">“<i>Escrevi frases soltas pelo chão Esperei você dormir Pra jurar minha paixão</i>”. Trancou a porta antes de ouvir a primeira batida e a voz que lhe embalava os sonhos e não todos os desejos. Não respondeu. Ainda não tinha resposta. Abriu a gaveta de suas coisas e tirou de lá um bloco de folhas e caneta.</div><div style="TEXT-ALIGN: justify"><br /></div><div style="TEXT-ALIGN: justify">Clareou algumas palavras em pensamento antes de ferir a brancura do papel. Com quem lhe batia à porta e lhe chamava pelo nome e por todos os apelidos que lhe tinha carinhosamente posto, nunca se sentia sozinha. Com o motivo das lágrimas em seu rosto, não sabia esperar e procurava um futuro, sabíamos, que não podia lhe dar. Ainda assim, todo amor que dentro dela pode haver, insistia em bipartir em medidas desiguais.</div><div style="TEXT-ALIGN: justify"><br /></div><div style="TEXT-ALIGN: justify">Tentou escrever o futuro que queria (ou assim pensava que). Ela e a outra, num ambiente de palavras simples e amor calmo, com a verdade às claras. O quadro era lindo, mas irreal. Rasgou a folha até que não sobrasse uma frase inteira e cedeu às batidas na porta do quarto. Fitou demoradamente aqueles olhos castanhos fartos de brilho e de amor e se lançou ao encontro da mulher que a esperava.</div><div style="TEXT-ALIGN: justify">- Eu também te amo!</div><br /><br />*A música a que se refere este texto é Dentro, de Ana Carolina. <div><br /><object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/DQpS1fctGyw&hl=pt-br&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/DQpS1fctGyw&hl=pt-br&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object></div>•.¸¸.ஐJenny Shecterhttp://www.blogger.com/profile/12137845489484883812noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-4243089015021404306.post-13297394523204542602009-07-22T22:56:00.002-03:002009-07-22T23:02:18.803-03:00•.¸¸.ஐ Minha culpa<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdlRWKAeTrYiSw4ZiBHxSP7oM2DwW7I9aj-J62FBai0430Gl7bV63xs_Q4yVrbyesErS1SQO9e_tBpJ25PnvKli5ROD5-KOQ6J1hxWwaD-SYWlgbmy01VI5XSm2uR_z-ZXwC3U6Mryiw/s1600-h/culpa.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 238px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdlRWKAeTrYiSw4ZiBHxSP7oM2DwW7I9aj-J62FBai0430Gl7bV63xs_Q4yVrbyesErS1SQO9e_tBpJ25PnvKli5ROD5-KOQ6J1hxWwaD-SYWlgbmy01VI5XSm2uR_z-ZXwC3U6Mryiw/s320/culpa.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5361470000135361730" /></a>Uma nesga de luar transpassa a cortina...<br />abro minhas janelas e a luz me invade:<br />a madrugada se despe a minha volta.<br /><br />Em meu íntimo ainda mora um sonho,<br />como se só sobrevivesse para escrever outra vez,<br />e nunca chega para mim o tempo da quietude,<br />pois não compreendo histórias lineares, <br />reações exatas ou gestos estudados.<br /><br />Contorno meus lábios provando-os, <br />como se buscasse um vestígio qualquer <br />do 'eu te amo' tantas vezes pronunciado;<br />não me agradam essas palavras ressoando pela noite.<br /><br />Visto-me de ousadia<br />e me entrego à liberdade de um voo solitário.<br />Sigo até o infinito na negra face do horizonte<br />buscando as cores distantes<br />que outrora compunham as trilhas do arco-íris,<br />onde habitam todas as minhas memórias.<br /><br />Em meus borboleteios,<br />colho os botões de rosa orvalhados de Eros<br />nas primeiras horas das primaveras,<br />deixo espalhadas todas as minhas auroras,<br />abandono-me à doçura dos ocasos<br />e faço minha a voz do silêncio.<br /><br />Imersa na cadência de um sussurro irrefletido,<br />meus passos nunca reconhecem o caminho <br />que impõe apenas o seguir em frente;<br />como relatar ao mundo o momento em que me detenho <br />a observar o acariciar do vento nas pétalas de uma flor?<br /><br />Vinde, ó Musas! <br />Trazei as palavras que me escapam, as rimas que não encontro,<br />a paz que nunca esteve comigo,<br />posto ser minha alma feita de amor e de letras.<br /><br />Vinde, filhas de Zeus!<br />Aplacai os gritos das marés de silêncio de minhas saudades<br />tocai com vossos dedos de nuvem em meu cerne<br />e fazei estancar o sangue de minhas feridas.<br /><br />Assim como minha mestra, a Grande Sapphō´ de Lesbos,<br />declaro-me culpada de sempre despir minhas máscaras <br />por ser em outro olhar onde desejo me encontrar e me reconhecer...•.¸¸.ஐJenny Shecterhttp://www.blogger.com/profile/12137845489484883812noreply@blogger.com20tag:blogger.com,1999:blog-4243089015021404306.post-57053116122421240022009-07-18T18:18:00.005-03:002009-07-18T18:39:48.659-03:00•.¸¸.ஐ Atualidades ou na ia au<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC9NziIZ9RuueWJ8yYXQDK7BYWwOpE1Gjqa9xzL5SE4Z_qQXpd3iBZpoaj792i48QVHCNprLtaIfUcNpP0PWE6bpnFOafg8OWAcvSi0PT-ULV2kBfmL-OJV1fghfNimwLJAxTeIeKtCA/s1600-h/casal.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 319px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC9NziIZ9RuueWJ8yYXQDK7BYWwOpE1Gjqa9xzL5SE4Z_qQXpd3iBZpoaj792i48QVHCNprLtaIfUcNpP0PWE6bpnFOafg8OWAcvSi0PT-ULV2kBfmL-OJV1fghfNimwLJAxTeIeKtCA/s320/casal.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5359914961346687314" /></a><div style="text-align: justify;">Amiga diz: Bruuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu</div><div style="text-align: justify;">Bru diz: eu!</div><div style="text-align: justify;">Amiga diz: tudo bem?</div><div style="text-align: justify;">Bru diz: na ia au</div><div style="text-align: justify;">Amiga diz: que isso?</div><div style="text-align: justify;">Bru diz: na ia au</div><div style="text-align: justify;">Amiga diz: tá, não quer falar, não fala... mas aqui, to com saudade de vc! Tenho tanta coisa pra te contar... Sabe aquelas coisas q só vc entende?</div><div style="text-align: justify;">Bru diz: na ia au</div><div style="text-align: justify;">Amiga diz: ai Bru! eu não sei o q eu faço, não sei o q eu quero fazer... sobre aquele assunto ainda.</div><div style="text-align: justify;">Bru diz: na ia au</div><div style="text-align: justify;">Amiga diz: Bru, vc tá bem, amiga? o q é isso q vc ta dizendo? não consta nos nossos códigos da nossa brilhante época de espiãs!</div><div style="text-align: justify;">Bru diz: na ia au</div><div style="text-align: justify;">Amiga diz: Bru!, tem mais um escândalo no Senado!</div><div style="text-align: justify;">Bru diz: na ia au</div><div style="text-align: justify;">Amiga diz: Bru, a Marta tá arrebentando na liga de futebol feminino nos EUA!</div><div style="text-align: justify;">Bru diz: na ia au</div><div style="text-align: justify;">Amiga diz: Bru, o Michael Jackson não morreu!</div><div style="text-align: justify;">Bru diz: na ia au</div><div style="text-align: justify;">Amiga diz: Bru, a playboy da Pri vai sair já já!</div><div style="text-align: justify;">Bru diz: na ia au</div><div style="text-align: justify;">Amiga diz: Bru, o Riquelme vai voltar pra seleção da Argentina!</div><div style="text-align: justify;">Bru diz: na ia au</div><div style="text-align: justify;">Amiga diz: Bru, vai ter outro show da Madonna no Brasil!</div><div style="text-align: justify;">Bru diz: na ia au</div><div style="text-align: justify;">Amiga diz: Bru, a Lucy Lawless vai fazer show aqui!</div><div style="text-align: justify;">Bru diz: na ia au</div><div style="text-align: justify;">Amiga diz: Bruuuuuuuuuuu, a Ana Carolina vai fazer show em Colatinaaaaaaaaaa!!!</div><div style="text-align: justify;">Bru diz: na ia au</div><div style="text-align: justify;">Amiga diz: BRU? O.O EU disse q a ANA CAROLINAAAAAAAAAAAA vai fazer show em COLATINAAAAAAAAAAAAA!</div><div style="text-align: justify;">Bru diz: na ia au</div><div style="text-align: justify;">Amiga diz: O QUE FIZERAM COM VOCÊ??? Bru, Bruzinha, anjinho meu, amora da vida de tanta gente... O q foi q houve?</div><div style="text-align: justify;">Bru diz: hein?</div><div style="text-align: justify;">Amiga diz: FALA DIREITO COMIGO A-GO-RAAAAAAAA!</div><div style="text-align: justify;">Bru diz: ah... é só que eu acho q vou me casar...</div><div style="text-align: justify;">Amiga diz: VOCÊ VAI O QUE?????????????????? *caiu*</div><div style="text-align: justify;">Bru diz: é, é... eu acho q eu vou me casar...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">•.¸¸.ஐEspecialmente para <b>minha LOR</b><b>A</b>! (que está morena e é absolutamente linda!)</div>•.¸¸.ஐJenny Shecterhttp://www.blogger.com/profile/12137845489484883812noreply@blogger.com26tag:blogger.com,1999:blog-4243089015021404306.post-3984420325313462742009-07-15T02:03:00.005-03:002009-07-15T02:19:53.054-03:00•.¸¸.ஐ Confissões de uma maior apaixonada<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnMGGNJX8MS3Me57bLSrS7BkcCA493pRDSpHDmzZ83_7aEoWaoBA9v5s9PQk9iRpSQvGdlKkBlOjRGC41fQVqfrvUOIgVwOj0QJfhn96tgWehtYJK7s17NAA_njaW-IaXb0yF_GkSLtg/s1600-h/21cz95v.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 248px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnMGGNJX8MS3Me57bLSrS7BkcCA493pRDSpHDmzZ83_7aEoWaoBA9v5s9PQk9iRpSQvGdlKkBlOjRGC41fQVqfrvUOIgVwOj0QJfhn96tgWehtYJK7s17NAA_njaW-IaXb0yF_GkSLtg/s320/21cz95v.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5358548721189996706" /></a><div style="text-align: justify;">Ah, como eu queria ver os seus olhos, agora, aqui! Ah, como eu precisava ver você nesse instante... Eu não sei como você não percebe o que salta dos meus olhos cada vez que você sorri. Ah, o que eu não faria pelo brilho dos seus olhos?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sabe, você diz que eu sou forte, determinada. É, acho que eu finjo bem. Porque eu não sou nada disso. Eu me escondo em outras pra você não me ver na essência. Porque aí, você ia ver que a minha essência tem mais de você do que eu imaginei que pudesse caber de outra pessoa em mim.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sabe, você está longe, bem longe daqui agora. E eu não consigo dormir. Porque eu sei que vou ver os seus olhos, o seu sorriso, você inteira. E eu acordo doendo de saudade, engasgada pela minha covardia em seguir amando você em silêncio, todos os dias, um pouquinho mais.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sabe, cada vez que você entristece, eu morro um pouquinho. Eu queria poder pegar você no colo e cuidar. Dizer que vai ficar tudo bem, fazer ficar tudo bem e fazer você sorrir. Abraçar bem apertado, até que você não sentisse mais nada, nada além do que eu sinto por você.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sabe, eu tenho tanto medo que você se machuque, que não me importo de sentir qualquer dor no seu lugar. Eu quero tanto que você seja feliz, que não me importo em dar os meus sorrisos. Eu desejo, mais do que tudo, tocar o seu olhar e me perco em pensamentos toda vez que estou na sua frente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não, você não sabe. Aliás, você nem pensa ou sonha ou quer nada disso. E eu entendo, mas não posso fingir que não dói. E eu busco refúgio na madrugada porque com a noite as coisas concretas se apagam. A pouca luz impõe uma ausência necessária e, quem sabe?, um pouco de juizo. O telefone não toca. As ambições parecem dormir, ou consigo enterrá-las por mais um dia. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas eu sei que tudo o que não pode ser visto transborda e se enamora das sombras e do silêncio disponível. Até eu não aguentar mais e gritar, como eu estou fazendo agora, mesmo sabendo que você não vai me ouvir...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJ5d7GCyZqa3IrP9Q8ZlH0LPn3RmsZ9qJSdbnUOvMVp_VaK5JPWjG6MG7-u2m-ffxWdgsKF2v6gARFWt9TRSLvkRrg5XVqQHXOcaLGaxJSHwJqjSHDKcOFXG4eVAVieIeJ29MfPKG4-Q/s1600-h/Broken_Heart_by_starry_eyedkid.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 294px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJ5d7GCyZqa3IrP9Q8ZlH0LPn3RmsZ9qJSdbnUOvMVp_VaK5JPWjG6MG7-u2m-ffxWdgsKF2v6gARFWt9TRSLvkRrg5XVqQHXOcaLGaxJSHwJqjSHDKcOFXG4eVAVieIeJ29MfPKG4-Q/s320/Broken_Heart_by_starry_eyedkid.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5358549898206142274" /></a>•.¸¸.ஐJenny Shecterhttp://www.blogger.com/profile/12137845489484883812noreply@blogger.com13