•.¸¸.ஐ Borboleteares

Abro os poros às margens férteis do tempo novo. Não há sombras neste jardim onde acordam entoações de primavera – ainda que não seja essa a estação do lado de fora de mim. Procuro-me no fundo de manhãs a cores, reinvento-me na matriz das borboletas. Desprendo os anseios na vertigem da bruma, sou pedaços de vento desenhando voos ao redor de sua flor.

Borboleteio em sua janela, percorro as ondas de seus desejos e me perco a decifrar sensações no relevo de seus lençóis, onde os mapas paralelos se entrecruzam em regatos íntimos.

E quando as flores morrerem em madrugadas de poesia, almejo renascer sempre depois do prazer pleno, gozando a liberdade de ser borboleta, quando tudo posso, tudo quero, preciso e aceito.

E então meu voo será sem amanhã, e a vida não estará contida nos meus olhos e peito, mas borboleteará descompromissada em sua alma, desesperadamente infinita como o azul do firmamento.

1 comentários:



Fil. disse...

pra sempre na alma da minh'alma, e na alma do infinito, das estrelas e do vento.