•.¸¸.ஐE esqueço que amar é quase uma dor

Quando o amor me chamou, segui-o, embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados. E quando ele me envolveu com suas asas, cedi-lhe, embora a espada oculta na sua plumagem possa me ferir. E quando o amor me falou, acreditei nele, embora sua voz possa despedaçar meus sonhos como o vento devasta o jardim. Pois, da mesma forma que o amor me coroa, assim ele me crucifica. 

E da mesma forma que contribui para meu crescimento, trabalha para minha poda. E da mesma forma que alcança minha altura e acaricia meus ramos mais tenros que se embalam ao sol, assim também desce até minhas raízes e as sacode no meu apego à terra.

Como feixes de trigo, o amor me aperta junto ao meu coração. Ele me debulha para expor a minha nudez, peneira-me para libertar-me das palhas, mói-me até a extrema brancura e me amassa até que me torne maleável.

Então, o amor me leva ao fogo sagrado e me transforma na ambrosia do banquete divino. Todas essas coisas, o amor opera em mim para que conheça os segredos de meu coração e, com esse conhecimento, converta-me na ambrosia do banquete divino.

Todavia, se em meu temor, procurar somente a paz e o gozo do amor, então seria melhor que cobrisse minha nudez e abandonasse a eira do amor para entrar num mundo sem estações, onde rirei, mas não todos os meus risos, e chorareis, mas não todas as minhas lágrimas.

O amor nada dá senão de si próprio e nada recebe senão de si próprio. O amor não possui, nem se deixa possuir. Pois o amor basta-se a si mesmo. E não imagino que possa dirigir o curso do amor, pois o amor, se me achar digna, determinará ele próprio o meu curso. O amor não tem outro desejo senão o de atingir a sua plenitude. 

Se, contudo, amo e preciso ter desejos, sejam estes os meus desejos:
De me diluir no amor e ser como um riacho que canta sua melodia para a noite;
De conhecer a dor de sentir ternura demasiada;
De ficar ferida pela minha autocompreensão do amor e de sangrar de boa vontade e com alegria;
De acordar na aurora com o coração alado e agradecer por um novo dia de amor, descansar ao meio-dia e meditar sobre o êxtase do amor, voltar para casa à noite com gratidão;
E de adormecer com uma prece no coração para minha amada (DANI) e nos lábios uma canção amor à vida.

•.¸¸.ஐUma paráfrase minha de um texto de Khalil Gibran

24 comentários:



Vivian disse...

...perfeito!

lindo!

maravilhoso!

encantador!

que lindo post, Bru!

parabéns, minha lindeza!

adoro

bj

Úrsula Avner disse...

Oi minha linda, belo trabalho em cima do texto rico e envolvente deste grande autor. Obrigada por seu carinho em meu cantinho. Bjs floridos.

Inês disse...

Não queira este encontro com Jorge Luís.
Não consigo seguir seu blogspot tão bonit, como q faz? Não sei mexer direito nisto aqui ainda...
Beijos e mariposas!

Izinha disse...

oi Bru...

o amor é assim...ora contentes ora tristes, mas envolvente qdo se está feliz e difícil de lidar tb..ah! se os sentimentos fossem fáceis não teriam tanta graça.

bjos prá ti!

Anônimo disse...

... o amor te chama, segue-o. ele nada mais é alem da alma fugindo ao encontro de outra... é viver duas vidas, e pensar em uma só..

mais um lindo texto brunella, perfeito.

beijos

Blog Dri Viaro disse...

Lindissimo Bru!!
bjss otima semana

Nilson Barcelli disse...

Uma visão muito clara do amor.
Gostei dessa visão e da forma como a expressaste.
Querida amiga, uma excelente semana.
Beijo.

Sombra de Anja disse...

Lembra-me uma música de Roberto Carlos...
"Mas se o amor está
Tudo faz sentido
Tudo é permitido, tudo fica em paz
Se o amor se vai ... Se o amor se vai
É que a gente aprende
É que a gente sente
A falta que ele faz"

Gostei que me tivesses levado de volta a esta paz de amar.

Beijão

Ava disse...

"Como feixes de trigo, o amor me aperta junto ao meu coração. Ele me debulha para expor a minha nudez, peneira-me para libertar-me das palhas, mói-me até a extrema brancura e me amassa até que me torne maleável."

Bru, o amor nos transforma numa massinha de modelar...

Olha, li Gibran aos 17/18 anos, A Voz do Mestre...
Presente do meu primeiro amor...
E vc agora me trouxe tudo a menmória...
Lindo texto!
E com seu toque especial,de leveze e sensibilidade torna tudo mais belo!

Beijos e carinhos mil!

Linda semana para vc!

A.S. disse...

Eis um belissimo texto de um dos meus autores preferidos!
Para reflectir sobre cada uma das palavras!


Beijos...

luis lourenço disse...

Não li o original...mas a paráfrase
é literariamente tão sedutora e universal...que me fascinou por completo...inesquecível.

beijinho,

Véu de Maya

Paula Barros disse...

Muito forte. O amor lido assim inquieta tanto quanto vivê-lo.

abraços

Anônimo disse...

eu não conheço o texto original, porém adorei a roupagem que voce deu para ele, parabéns gata

Flavio Ferrari disse...

Texto lindo ... mas ...

Quando houver dor
Não terá sido
por amor

Unknown disse...

O amor é mesmo dor, mas também prazer, fogo de não querer apagar, de água que mata a sede, de lágrimas e tristeza... e ninguém consegue viver sem ele :)

beijinhos

Cadinho RoCo disse...

O amor tem sempre um mistério a mais a oferecer.
Cadinho RoCo

Anônimo disse...

Bruh obrigado pelo carinho e atenção, bju grande gata

Avid disse...

Excelente. Que mais posso dizer?
Bjs meus

Carla disse...

perfeita esta forma de falar do amor
beijos doces

Camila disse...

Que delicia de ler...
O amor é tao magico... encantador e divino.

Amei esse texto!

BeijOs Bru!

Dois Rios disse...

Lindo demais, Bru!

O amor é (re)verso, (in)certo, (in)tenso ainda que indispensável e incontrolável.

Sim, minha querida, o amor se basta!

Beijos encantados,

Inês

Marcus disse...

Belo texto e belo blog!


voltarei mais vezes!

bjs meus

A.S. disse...

Deixo-te os votos de um bom fim de semana, Com tranquilidade, alegria e amor! Muito amor...:)


Beijos!

O Profeta disse...

Será?



Doce beijo